França, Alemanha e Itália condenam violência e admitem sanções a presidente ucraniano
Porto Canal
O Presidente francês, François Hollande, e a chancelar alemã, Angela Merkel, condenaram hoje em uníssono os "atos inqualificáveis, inadmissíveis" na Ucrânia e prometeram "sancionar" os seus responsáveis, enquanto Roma alertava para os ricos de uma guerra civil.
"Na Ucrânia ocorreram atos inqualificáveis, inadmissíveis, intoleráveis. Uma violência, uma brutalidade, uma repressão, e a chanceler e eu próprio, com os nossos dois governos, condenámos todos estes atos e a repressão provenientes do poder", declarou Hollande, que sugeriu a aplicação de sanções.
"Estamos ao lado dos homens e das mulheres que sofrem em Kiev", sublinhou por sua vez Merkel.
Em Roma, a ministra italiana dos Negócios Estrangeiros, Emma Bonino, alertou contra o "risco concreto de uma guerra civil na Ucrânia", junto às fronteiras da União Europeia.
"A gravidade dos confrontos em Kiev coloca o povo ucraniano face a uma situação dramática, de uma violência inaceitável que nós, europeus, condenamos", acrescentou.
"Caso prossigam as violências, não excluímos o recurso a medidas restritivas excecionais", concluiu Bonino, numa referência à ameaça de sanções europeias contra Kiev.
As autoridades da Ucrânia anunciaram hoje uma operação "antiterrorista" a nível nacional depois de um dia de confrontos na terça-feira com um balanço de pelo menos 26 mortos e centenas de feridos, na pior crise política no país desde a dissolução da União Soviética, em 1991.