Talibãs anunciam início da ofensiva anual de primavera no Afeganistão

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Porto Canal com Lusa

Cabul, 12 abr 2019 (Lusa) -- O grupo extremista Talibã anunciou hoje o início da ofensiva anual de primavera no Afeganistão, apesar de estarem a decorrer negociações com os Estados Unidos sobre o processo de paz no país.

Durante o anúncio, o grupo extremista, que domina quase 11% do território afegão, divulgou uma longa mensagem em cinco idiomas, na qual se afirmava que a luta continuaria enquanto as forças estrangeiras permanecessem no Afeganistão.

Os talibãs prometeram ainda lançar operações 'jihadistas' "com sinceridade e intenções puras", mas apelaram aos combatentes que evitem vítimas civis.

O grupo extremista faz há vários anos o anúncio da ofensiva anual de primavera, que consiste na intensificação dos ataques.

Os Estados Unidos e os talibãs iniciaram durante o verão de 2018 a realização de conversações bilaterais em Doha, cujo próximo ciclo está previsto para este mês.

Após a última sessão, concluída a 12 de março, o enviado especial norte-americano para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, deu conta de "verdadeiros avanços", referindo um "acordo preliminar" sobre as "garantias" que os talibãs devem dar em matéria de contraterrorismo e sobre a "retirada das tropas" norte-americanas no Afeganistão.

No entanto, durante as discussões, os talibãs desmentiram indiretamente terem abordado as questões de um cessar-fogo no Afeganistão e de um diálogo com o Governo de Cabul, contrariando afirmações de Washington.

No início da semana, um ataque suicida contra um complexo militar, perto de Cabul, provocou a morte de três soldados norte-americanos e um civil que trabalhava para o Exército, anunciou a missão da NATO presente no Afeganistão.

O atentado já foi reivindicado pelos talibãs na rede social Twitter pelo porta-voz, Zabihullah Mujahid.

O incidente aumenta para sete o número de soldados norte-americanos mortos desde o início do ano no país.

Cerca de 2.300 soldados norte-americanos morreram e mais de 20.400 ficaram feridos no Afeganistão desde finais de 2001, quando uma coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, realizou uma ofensiva para retirar os talibãs do poder.

MIM (CC/PAL) // JMC

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