Marcelo condecora Universidade Aberta e pede apoio da tutela a este projeto

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 29 nov (Lusa) - O Presidente da República condecorou hoje a Universidade Aberta e pediu o apoio da tutela ao futuro deste projeto de ensino à distância e à sua afirmação externa, em particular no espaço da língua portuguesa.

Na sessão de abertura da conferência "Futuro da educação a distância em Língua Portuguesa", inserida nas comemorações dos 30 anos da Universidade Aberta, que decorreu no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que este projeto "depende também da resposta da tutela".

"Nós sabemos como as oportunidades se podem afirmar ou frustrar de acordo com a capacidade de compreensão daqueles que têm de tomar decisões políticas. E o grande desafio desta conferência, destes 30 anos, é um desafio que também é dirigido àqueles que com responsabilidades governativas podem ajudar ou desajudar a construir o projeto de futuro", considerou.

No que depender do Presidente da República, a Universidade Aberta conta "não apenas com o patrocínio formal, mas com o apoio substancial constante", acrescentou.

No fim do seu discurso, o chefe de Estado anunciou que, "para traduzir esse apoio e, ao mesmo tempo, significar uma gratidão indissociável de memória", iria condecorar a Universidade Aberta com "as insígnias de membro honorário da Ordem do Mérito".

Marcelo Rebelo de Sousa fez uma intervenção de cerca de dez minutos sobre a Universidade Aberta, em que elogiou a "visão notável" na origem desta instituição, criada "antes da era do digital", e em especial o então ministro da Educação, Roberto Carneiro, presente nesta sessão de abertura.

"Nascida para ser pioneira no ensino à distância em Portugal, nascida para ultrapassar atrasos, assimetrias e desigualdades pessoais, funcionais e territoriais, nascida para ser portadora de justiça social, agora o seu desafio é mais amplo, mais vasto, mais exigente: é olhar além fronteiras, é ir mais longe nomeadamente no universo que fala português", defendeu.

Segundo o chefe de Estado, o papel desta universidade enquadra-se na vocação de Portugal como "plataforma entre culturas, civilizações, oceanos e continentes" e há que aproveitar a sua afirmação externa: "Não podemos desperdiçar esta oportunidade. Esta é a oportunidade da nova vivência da Universidade Aberta".

"Que saibamos tirar proveito da nossa vantagem comparativa", apelou, apontando "vários sinais positivos", entre os quais a visita do Presidente China, Xi Jinping, na próxima semana, a Portugal "interessado, obviamente, geoestrategicamente em Portugal, mas interessado no mundo que fala português".

"Olhemos para a Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e o que ela quis dizer, com a presidência cabo-verdiana desde já e com a futura presidência angolana, de entrada num novo ciclo de vida, em que já não temos dúvidas, nem complexos, nem hesitações quanto ao alcance daquela comunidade e quanto à nossa responsabilidade perante ela. Não podemos desperdiçar por mais tempo aquilo que é um trunfo", insistiu.

IEL // ZO

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