PS de Chaves quer explicações do Ministério da Saúde sobre acidentado

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Porto Canal / Agências

Chaves, 05 fev (Lusa) -- O líder do PS/Chaves pediu hoje, através dos deputados eleitos pelo círculo de Vila Real, explicações ao Ministério da Saúde sobre o caso do jovem de Chaves com um neurotrauma que só encontrou vaga em Lisboa.

"Não aceitamos que em Portugal possa haver cidadãos de primeira, segunda e terceira no acesso aos cuidados de saúde, seja de âmbito familiar, hospitalar ou de emergência médica, apenas por terem decidido viver e trabalhar no interior", refere Nuno Vaz num comunicado enviado à agência Lusa.

Um jovem de 20 anos, que sofreu um neurotrauma num acidente de viação no sábado, em Chaves, foi internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido ao hospital da cidade transmontana não ter a especialidade e não haver vagas nos hospitais da região Norte.

O doente saiu de Chaves cerca das 06:00, depois de três horas de espera, fez cerca de 400 quilómetros até Torres Novas de ambulância onde, depois de pedido médico dado o agravamento do seu estado de saúde, seguiu até Lisboa de helicóptero, onde permanece internado em coma induzido.

O socialista considerou "urgente" que o acesso à saúde seja feito em termos de igualdade e sem discriminações por territórios ou populações.

Por esse motivo, Nuno Vaz refere que o Ministério da Saúde deve uma explicação à família do doente e aos cidadãos de Chaves.

"A tutela deve uma explicação sobre como o sistema de emergência médica está organizado e a funcionar, designadamente qual é a efetiva capacidade de resposta da urgência médico-cirúrgica do Hospital de Chaves e da urgência polivalente da Unidade Hospitalar de Vila Real", disse.

Nuno Vaz questiona ainda se, numa situação idêntica, um doente terá de voltar a "andar a bater às portas todas" para receber assistência médica.

E, acrescenta, "estes episódios são lamentáveis e inaceitáveis".

Por seu lado, o líder da Juventude Socialista (JS) de Chaves, Tiago Caldas, demonstrou, igualmente numa nota, "consternação" pelo ocorrido com o jovem e lembrou a necessidade "imediata" de se criar uma unidade de neurocirurgia que preste cuidados aos cidadãos de Trás-os-Montes.

"Ao longo dos tempos, tem sido cada vez mais evidente a diferenciação de tratamento entre os cidadãos do interior e os do litoral", disse.

Para o líder da JS de Chaves, "num raio de 90 quilómetros, entre Braga e Santa Maria da Feira, existem quatro unidades neurocirúrgicas, enquanto que em Trás-os-Montes e Alto Douro não existe nenhuma".

Tiago Caldas salienta que é "urgente" redefinir o nível de discussão sobre saúde, tendo como base os problemas reais da unidade hospitalar de Chaves e não apenas o seu modelo de gestão.

O presidente da Câmara, o social-democrata António Cabeleira, e a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega também já pediram explicações ao ministro da Saúde, Paulo Macedo.

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