Empresa de congelamento de pescado de Viseu investe 1ME em ampliação

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Porto Canal / Agências

Viseu, 05 fev (Lusa) -- Uma empresa de transformação e congelamento de pescado de Viseu vai investir um milhão de euros para ampliar as suas instalações, depois de ter recebido da Câmara, em cinco dias úteis, a autorização prévia do projeto.

"Se esta atitude da Câmara tivesse um efeito de contágio aos outros organismos competentes que têm de dar o seu aval, daqui a 31 dias poderíamos começar as obras", disse à agência Lusa Frederico Rodrigues, administrador da empresa Beiranova, explicando que são obras que durarão "entre oito a 14 meses".

Com esta obra, será duplicada a atual área de produção e quadruplicada a capacidade de armazenagem da empresa, situada no parque industrial de Coimbrões.

Frederico Rodrigues explicou que a decisão de avançar com a obra se prendeu "primeiro com uma necessidade da empresa" e, segundo, com a vontade de "contrariar a expectativa, porque os níveis de confiança também se colocaram naquilo que é o mínimo indispensável para o investidor".

Segundo o responsável, o novo espaço de armazenamento terá capacidade para duas mil toneladas.

"Até agora, recorríamos ao arrendamento de espaço e ao aluguer de frio, mas isso implica toda a máquina logística de fazer chegar aqui as mercadorias nos tempos certos. Os calendários por vezes têm de ser forçosamente alterados, porque há sempre condicionalismos que não conseguimos ultrapassar", contou.

Nesse âmbito, a empresa decidiu fazer este investimento "mesmo numa fase e num clima um bocadinho agreste", mas em que considera que "já se vê uma luzinha ao fundo do túnel".

A Beiranova pretende também criar novas linhas de embalamento e processamento de pescado, porque, por um lado, as atuais "estão com a capacidade produtiva no máximo" e, por outro, surgirá "uma linha nova de produtos mais virada para o consumidor moderno", acrescentou.

Frederico Rodrigues estima que, desta forma, um investimento que no imediato será de um milhão de euros possa, no final, ultrapassar os 2,5 milhões.

"Um milhão é para ampliação e criação de infraestrutura primária, para dotar a nossa fábrica atual de algum espaço de manobra que já não conseguimos ter e armazenamento de matérias-primas. Depois, será recheio, as máquinas novas, a segunda fase do investimento que poderá ir além dos 2,5 milhões de euros", avançou.

Este projeto foi acompanhado no âmbito do Gabinete do Investidor, lançado a semana passada pela Câmara de Viseu.

Hoje, o presidente da Câmara, Almeida Henriques, entregou a licença em mão aos responsáveis da Beiranova, por considerar que é obrigação da autarquia "acarinhar as empresas que estão no concelho e puxar por elas".

"É uma empresa pequena, com 35 trabalhadores, mas que com que este investimento pode vir a transformar-se numa empresa com 50 trabalhadores", frisou, em declarações à Lusa.

A Beiranova apresenta um volume de vendas atual de 8,5 milhões de euros, dos quais 30% são para exportação, em mercados como a Alemanha, França, Inglaterra, Suíça, Luxemburgo, Angola, EUA, Canadá, Macau e Moçambique.

Almeida Henriques congratulou-se por, apesar de Viseu estar longe do mar, se estar a afirmar no setor do pescado congelado.

"Esta empresa tem três jovens à frente dela, qualificados, todos do concelho. É uma empresa que, ao fazer este tipo de investimento, está aqui claramente para dar e durar", sublinhou.

O autarca, antigo secretário de Estado da Economia, referiu que a empresa está a apostar no chamado "mercado da saudade", indo ao encontro daquela que é também uma das suas grandes apostas para Viseu cidade-região.

AMF // SSS

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