Centro Internacional das Artes vimaranense expõe João Cutileiro e José de Guimarães

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Porto Canal com Lusa

Guimarães, Braga, 15 out (Lusa) - O terceiro ciclo expositivo de 2018 do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), em Guimarães, vai ter como destaque exposições de João Cutileiro e do autor que dá nome à instituição, anunciou a organização.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Oficina, cooperativa cultural que gere o CIAJG explica que a exposição dedicada à obra de João Cutileiro, "Constelação Cutileiro", a inaugurar no sábado, "mapeia a duradoura e ampla influência" do artista em Portugal e no estrangeiro, e que a montra de José de Guimarães "dará ao grande público uma ideia muito clara da dimensão processual e experimental do trabalho" do artista vimaranense.

A Oficina refere que, às exposições de Cutileiro e de José de Guimarães, "Da dobra e do corte", se vai ainda juntar uma exposição de desenho de Rui Chafes, que irá ser inaugurada em dezembro, ficando as três mostras patentes no CIAJ até fevereiro de 2019.

Neste ciclo expositivo, em três "novas e extensas exposições, especificamente produzidas para o espaço do Centro, lança-se um olhar retrospetivo sobre os anos iniciais do trabalho de João Cutileiro, altura em que, entre Londres e Évora, redefiniu a prática da escultura em Portugal".

"Constelação Cutileiro" mapeia a duradoura e ampla influência que João Cutileiro teve na arte portuguesa dos anos 1960 a 1990, nomeadamente o grupo de Évora (Charrua, Bravo, Lapa, Palolo) e a geração de artistas surgidos na década de 1980 (Manuel Rosa, José Pedro Croft, entre outros.

"Excessivo, jubiloso, generoso, o seu trabalho marcou decisivamente a paisagem artística e cultural em Portugal a partir do final dos anos 1950 e início dos anos 1960, reunindo hoje um largo histórico de obras expostas em diversas geografias espalhadas por diferentes continentes e várias distinções internacionais (a sua primeira exposição individual data de 1951, tinha então catorze anos)", lê-se na apresentação da mostra.

A exposição é, refere o texto, "na sua maioria, composta por peças de João Cutileiro colocadas em diálogo com obras de outros autores, mais velhos, da mesma geração ou de gerações posteriores", como Júlio Pomar, António Charrua, Lourdes Castro, José Escada, Manuel Rosa, José Pedro Croft e Rui Chafes.

Quanto ao trabalho de José de Guimarães, "resgata-se do atelier" do artista "um conjunto de pequenas esculturas nunca antes mostradas, que desvelam uma rara prática experimental e processual".

O Oficina lembra que José de Guimarães é "considerado um dos principais artistas plásticos portugueses de arte contemporânea" e que nesta exposição são reunidas obras inéditas em cartão, incluindo maquetas de trabalhos públicos projetados e construídos em Portugal e no estrangeiro.

"Dará ao grande público uma ideia muito clara da dimensão processual e experimental do trabalho de José de Guimarães - trabalho este que conta com uma vasta e notável obra na pintura, escultura e outras atividades criativas, o que faz com que seja dos mais galardoados artistas portugueses, tendo muitas das suas obras expostas em diversos museus europeus, bem como nos Estados Unidos da América, Brasil, Canadá, Israel e Japão", explana o texto.

"Da dobra e do corte", que reúne cerca de 170 peças, reúne assim um "extenso grupo de esculturas em pequena escala, feitas em cartão e em papel - que, até hoje, permaneceram inéditas no atelier de José de Guimarães -, em diálogo com um notável e desconcertante conjunto de desenhos realizados sobre os mais diversos suportes e nas mais diversas técnicas".

Sobre a exposição dedicada a Chafes, esclarece o texto, "visita-se um dos mais secretos segmentos de trabalho ainda por conhecer como um todo, a produção em desenho de Rui Chafes - luminosa revelação de um imenso e denso universo de fantasmas e formas".

A cooperativa cultural vimaranense lembra ainda que a intervenção de Ann Hamilton, idealizada ao abrigo da Contextile 2018 - Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, "Side by Side", pode ser visitada até 25 de novembro, também no CIAJG.

JYCR // MAG

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