Brasil: Bolsonaro promete a Itália extradição de Battisti caso vença eleições

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 16 out (Lusa) - O candidato da extrema direita às presidenciais brasileiras Jair Bolsonaro prometeu hoje a Itália extraditar Cesare Battisti, detido no Brasil, caso vença a segunda volta das eleições.

Na sua conta do Twitter, em italiano e em português, o candidato do PSL à Presidência do Brasil escreveu: "Como já foi falado, reafirmo aqui o meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições".

Assim, acrescenta, "mostraremos ao mundo o nosso total repúdio e empenho na luta contra o terrorismo".

Cesare Battisti foi condenado em Itália à pena de prisão perpétua por terrorismo, depois de acusado do homicídio de quatro pessoas na década de 70.

Cesare Battisti chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois.

Um pedido de extradição chegou a ser feito pelo Governo italiano, mas o ex-Presidente Lula da Silva decidiu, em dezembro de 2010, que o ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo podia ficar no Brasil.

O Supremo Tribunal brasileiro levantou as medidas de vigilância impostas a Cesare Battisti, ex-ativista italiano de extrema esquerda, condenado a prisão perpétua por homicídio em Itália em abril último.

O Supremo levantou a obrigatoriedade de Battisti usar uma pulseira eletrónica e de se apresentar mensalmente às autoridades brasileiras. Passou ainda a poder sair da área de residência, sem autorização prévia das autoridades.

A decisão surgiu na sequência de um recurso para aguardar o julgamento em liberdade ('habeas corpus'), apresentado pela defesa de Battisti, que o Tribunal aceitou.

Em dezembro, o italiano foi constituído arguido pela justiça brasileira, acusado do crime de evasão de divisas, ao tentar deixar o país com cerca de 6.400 euros, sem declarar o valor à polícia na fronteira.

Jair Bolsonaro, de 63 anos, lidera as sondagens sobre a segunda volta das presidenciais do Brasil, mas é criticado por adotar ideais da extrema-direita e por já ter manifestado admiração pela ditadura militar, regime que governou o Brasil entre os anos de 1964 e 1985.

Esta candidatura também desperta receio e críticas da comunidade internacional porque ao longo da carreira e também desta campanha Bolsonaro fez declarações públicas consideradas machistas, racistas, homofóbicas e de apologia à violência.

A segunda volta das presidenciais do Brasil acontece no dia 28 de outubro.

ATR // PVJ

Lusa/ Fim

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