CIM diz que ainda não há decisões sobre futuro do IC5, em Trás-os-Montes
Porto Canal com Lusa
Bragança, 10 out (Lusa) -- A Comunidade Intermunicipal (CIM) das Terras de Trás-os-Montes informou hoje que o Governo está a avaliar ainda sem decisões o futuro modelo de exploração da estrada IC5, o itinerário complementar que liga ao Porto e à fronteira.
O esclarecimento surge depois da preocupação manifestada pelos autarcas locais com a possibilidade de a manutenção da via deixar de ser feita pela atual concessionária e passar para a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP).
Os representantes da CIM das Terras de Trás-os-Montes reuniram-se, na segunda-feira, em Lisboa, com o secretário de Estado das Infraestruturas e dão hoje conta, em comunicado, que o Governo prometeu ouvir os autarcas antes de ser tomada uma decisão.
"Guilherme d'Oliveira Martins disse que o processo de desclassificação do IC5 e a transição da exploração para as infraestruturas de Portugal está em avaliação e afiançou aos autarcas das Terras de Trás-os-Montes que nada ficará definido sem os consultar previamente", divulgou a CIM.
Segundo a comunidade intermunicipal, o governante indicou ainda que acontecer o processo de transferência da gestão da estrada, "a manutenção, segurança e vigilância estará sempre assegurada e analisada com os autarcas".
Nesta reunião, a CIM das Terras de Trás-os-Montes garante ter encontrado por parte do secretário de Estado "recetividade relativamente aos investimentos estruturantes para o território no que diz respeito às infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias".
Afiança ainda "o secretário de Estado das Infraestruturas tomou boa nota das necessidades do território, afirmando que estão em análise e mostrando-se recetivo à sua inclusão no Programa Nacional de Investimentos 2030".
As propostas de investimento já apresentadas ao Governo englobam as ligações rodoviárias de Bragança/Vimioso e Bragança /Vinhais, a conclusão da ligação do IC5 a Espanha, a construção da ligação de Bragança a Espanha (Puebla de Sanábria) e da ligação Macedo de Cavaleiros/Vinhais/Espanha (Godinha), ambas com perfil de Itinerário Principal.
A Terras de Trás-os-Montes quer ainda integrados nos investimentos prioritários nacionais "o reforço dos aeródromos locais e a construção de um Aeroporto Regional em Bragança, o corredor ferroviário entre o Porto de Leixões e Zamora (Espanha) e a criação de um Centro de Logística na região".
O secretário de Estado terá ainda garantido que a região "não vai ficar sem ligação aérea" perante as preocupações dos autarcas com os prazos do concurso para nova concessão da carreira Bragança/Vila Real/Viseu/Tires/Portimão.
"O concurso para a concessão da linha está a avançar e deverá estar concluído até ao final da concessão, que termina em dezembro deste ano. Caso, tal não seja possível de concretizar, afiançou, Guilherme d'Oliveira Martins, que a ligação aérea não será interrompida", informar a CIM.
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