Comunidade Intermunicipal reivindica itinerários complementares da Serra da Estrela

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Porto Canal / Agências

Covilhã, 30 jan (Lusa) - O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) reivindicou hoje a inclusão dos itinerários complementares da Serra da Estrela e a beneficiação da Linha da Beira Baixa nos projetos prioritários para os próximos anos.

"Não me vou calar até saber qual a posição do Governo face a estes trabalhos", disse, em declarações à agência Lusa.

Vítor Pereira, que também é presidente da Câmara Municipal da Covilhã, mostrou-se ainda "indignado" e "revoltado" por o relatório final do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado, que entrou na quarta-feira em discussão pública, não contemplar estes projetos entre os que devem ser imediatamente concretizados.

"É com profunda indignação que constato que o Governo da República continua a ostracizar o Interior. Esta tem sido uma marca permanente e, portanto, não posso calar a minha revolta", afirmou.

O autarca recordou que estradas como o IC6 (Covilhã/Tábua, via Serra da Estrela), o IC7 (Fornos de Algodres/Oliveira do Hospital) e o IC37 (Seia/Viseu) ou a beneficiação da Linha da Beira Baixa são "estruturantes e fundamentais para desencravar o Interior e a região".

"Fala-se em projetos de valor acrescentado. Eu não quero pôr em causa os projetos relativos a outras zonas do país, mas relativamente ao Interior são projetos de valor diminuído. O Interior é claramente desprezado, ostracizado e esquecido", sustentou o presidente da CIMBS, que integra 15 municípios da Beira Interior.

Vítor Pereira referiu ainda que não incluir aqueles projetos entre as obras prioritárias é "cavar as assimetrias e desigualdades" entre o Litoral e o Interior e que "acentuará o problema de subdesenvolvimento que mantém o país a duas velocidades".

"Os nossos governantes enchem diariamente a boca com conceitos e ideias de combate às assimetrias e às desigualdades e são eles que fazem tábua rasa da indispensável coesão territorial de que tanto precisamos", reiterou.

O presidente da CIMBS afirmou ainda que não concluir "imediatamente" os trabalhos de beneficiação da Linha da Beira Baixa é "malbaratar fundos e dinheiro dos contribuintes que já está investido".

O documento elaborado pelo grupo de trabalho refere que a obra na linha ferroviária entre a Covilhã e a Guarda, parte da qual já realizada, deve ser concluída "após 2016 e antes do fim do QCA (Quadro Comunitário de Apoio)", o que Vítor Pereira considerou um "calendário irracional, que põe em causa todo o projeto".

"Enviar isto para as calendas gregas é uma decisão incompreensível, inconcebível e irracional, quer do ponto de vista económico, porque há milhões investidos, quer da aposta no país. Esta é mais do que uma ligação entre duas cidades, poderá ser também uma ligação à Europa", sustentou.

O autarca apelou ainda que o relatório não se transforme numa decisão final, mas também se mostrou pouco confiante de que tal aconteça.

"Não quero ser injusto com quem elaborou este documento, mas isto cheira-me a uma encomenda. Isto não é um trabalho, é uma encomenda e, portanto, já sei qual a resposta que se costumam obter nestas situações", afirmou.

CYC // SSS

Lusa/fim

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