AMP elogia promulgação da Lei de Finanças Locais mas destaca "nota de exigência" do PR

| Política
Porto Canal com Lusa

Porto, 02 ago (Lusa) - A Área Metropolitana do Porto (AMP) considerou hoje que "foi bom" o Presidente da República ter promulgado a Lei das Finanças Locais e a transferência de competências para as autarquias, "sem deixar de dar a sua nota de exigência".

Em declarações à agência Lusa, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, comentou os "reparos" apontados por Marcelo Rebelo de Sousa, dizendo que "estes vão ao encontro das preocupações também demonstradas por outras pessoas, nomeadamente autarcas".

"Foi muito bom que tivesse promulgado os diplomas nesta altura, mas não se limitou a aprovar, deixou a sua nota de exigência. Também nós, autarcas, estaremos atentos e expectantes até dia 15", disse Eduardo Vítor Rodrigues.

O Presidente da República promulgou hoje a Lei das Finanças Locais e a transferência de competências para as autarquias, alertando para um possível "alijar das responsabilidades do Estado" e avisando que não garante a aprovação dos diplomas complementares.

De acordo com o site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou as alterações à Lei das Finanças Locais e a Lei-quadro da transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais, aprovadas na Assembleia da República a 18 de julho, deixando, no entanto, alguns "reparos" numa nota anexa relativa a estes dois diplomas.

"[...] só o exame cuidadoso, caso a caso, dos diplomas que venham a completar os atuais permitirá avaliar do verdadeiro alcance global do que acaba de ser aprovado. Que o mesmo é dizer, o Presidente da República aguarda, com redobrado empenho, esses outros diplomas e a decisão de hoje não determina, necessariamente, as decisões que sobre eles venham a ser tomadas", lê-se na nota.

Convidado a comentar os "reparos" deixados por Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da AMP disse ter "esperança" pois os decretos vão ser trabalhados setorialmente e recordou ser "um verdadeiro defensor da descentralização, mas com critério".

"Estamos muito empenhados neste processo. As áreas metropolitanas e os autarcas em geral. A cimeira de Sintra é um bom exemplo disso, de que queremos ir mais longe", completou o também presidente da câmara de Vila Nova de Gaia.

PYT // MSP

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.