Migrações: Cabo Verde saúda eleição de António Vitorino como vitória da diplomacia lusófona
Porto Canal com Lusa
Praia, 29 jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, considerou hoje uma vitória da diplomacia lusófona a eleição de António Vitorino para diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), reafirmando apoio de Cabo Verde ao seu trabalho.
"É uma grande alegria, uma grande satisfação. O Governo de Cabo Verde manifestou apoio a António Vitorino desde o início. Para nós, é um momento de alegria porque trabalhamos também arduamente com o ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e com os demais estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dos PALOP e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)", disse Luís Filipe Tavares à agência Lusa.
"Foi a diplomacia da lusofonia que venceu hoje com muito mérito", sublinhou.
O ministro cabo-verdiano sublinhou a "ação diplomática de apoio muito grande" de Cabo Verde à candidatura, reforçando a "grande satisfação" por ter um português à frente da OIM.
Luís Filipe Tavares elogiou "o grande valor e qualidade intelectual" de António Vitorino, garantindo que o diretor-geral da OIM eleito contará "sempre com o apoio de Cabo Verde" nas novas funções.
"António Vitorino e o Governo português estão de parabéns", reforçou.
O português António Vitorino foi hoje eleito diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM) por aclamação.
O candidato português venceu as três primeiras rondas de votação, tendo passado à quarta com a candidata costa-riquenha, Laura Thompson.
Na terceira ronda, Ken Isaacs, o controverso candidato escolhido pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, foi eliminado, o que acontece pela primeira vez em décadas a um candidato dos EUA.
Os 169 Estados-membros da Organização Internacional das Migrações (OIM) elegeram hoje o novo diretor-geral do organismo.
A candidatura de Vitorino à liderança desta organização fundada no início da década de 1950 foi formalizada pelo Governo português em dezembro do ano passado.
A OIM foi integrada na estrutura multilateral da ONU a 25 de julho de 2016. Antes, a organização tinha recebido, em 1992, o estatuto de observador permanente na Assembleia-Geral da ONU e firmado um acordo de cooperação (1996).
A par dos 169 Estados-membros, a OIM conta com oito países que detêm estatuto de observadores.
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