Venezuela espera que Conselho dos Direitos Humanos atue livremente com saída dos EUA

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 21 jun (Lusa) - O Governo da Venezuela afirmou ver com bons olhos a saída dos Estados Unidos do Conselho dos Direitos Humanos e esperar que o organismo passe a atuar livremente.

Em comunicado, divulgado na quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano disse esperar que o Conselho "possa atuar, agora, sem as perturbações, as tentativas de extorsão e as pressões diretas do principal violador dos direitos humanos".

Para o Governo venezuelano, a decisão de abandonar "de maneira abrupta" aquele organismo reflete o desprezo dos EUA perante "o multilaterismo e as suas instituições".

No mesmo documento, Caracas acusou Washington de "guerras, morte e destruição por recursos naturais", e ainda de "manter domínio geopolítico, centros de tortura visíveis e clandestinos, de bloquear países para fazer sofrer e torcer a vontade dos seus povos, de pretender acurralar o povo palestiniano e de expulsar milhões de imigrantes".

Um país assim "não pode suportar o escrutínio de um organismo democrático internacional, que não se moldou às suas pretensões de controlo e subordinação". As autoridades venezuelanas consideraram que "com esse expediente já era paradoxal a participação de Washington no Conselho de Direitos Humanos".

"A comunidade internacional deve preservar hoje, mais do que nunca, o multilateralismo na defesa da legalidade internacional, incluindo os direitos humanos", defenderam.

Na terça-feira, a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, anunciou que os EUA vão sair do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas por considerarem que "não faz jus ao seu nome".

Há um ano, Haley disse que os EUA só iriam continuar manter se o Conselho fizesse "reformas essenciais" e agora considerou que está claro que esses apelos para mudanças não foram ouvidos.

Ao lado do secretário de Estado, Mike Pompeo, Haley criticou a pertença ao órgão de países como China, Cuba e Venezuela, que são eles próprios acusados de violação dos Direitos Humanos, e acrescentou que o Conselho tem um "preconceito crónico contra Israel".

Se o Conselho mudar, os EUA "regressarão com satisfação", garantiu Haley.

FPG (RN) // EJ

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