Greve: Paralisação atinge 90% nos blocos operatórios a nível nacional - Sindicatos

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 mai (Lusa) - A greve dos médicos regista hoje uma adesão que ronda os 90% nos blocos operatórios, a nível nacional, atingindo os 100% em alguns locais, de acordo com os dados divulgados pelos sindicatos ao início da tarde.

Em declarações aos jornalistas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, os dirigentes do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) frisaram que, durante os três dias de greve, hoje iniciada, centenas de médicos asseguram serviços mínimos como se um fim de semana se tratasse.

Nas consultas externas hospitalares, a adesão é de 75%, de acordo com as mesmas fontes, e, nos cuidados primários de saúde (centros de saúde), é de 85 por cento.

"Quando os centros de saúde começarem a funcionar bem, deixa de haver problemas nas urgências dos hospitais", disse à agência Lusa o presidente da FNAM, João Proença.

O secretário-geral do SIM, Roque da Cunha, afirmou por seu lado que as declarações do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, "a desvalorizar a greve" são "mais uma mentira.

"Não se pode comparar médicos recém-licenciados com especialistas e dizer que há mais médicos", defendeu o dirigente sindical.

O presidente da FNAM disse que o Serviço Nacional de Saúde tem "cada vez menos médicos e cada vez mais idosos", acusando o ministro de fazer "uma gestão desastrosa dos recursos humanos".

Os dois dirigentes fizeram um balanço positivo da greve hoje iniciada, bem como da perceção dos utentes da razão da paralisação para a qualidade dos serviços.

Os médicos iniciaram hoje às 00:00 três dias de greve nacional, uma paralisação que os sindicatos consideram ser pela "defesa do Serviço Nacional de Saúde".

A reivindicação essencial para esta greve de três dias é "a defesa do SNS" e o respeito pela dignidade da profissão médica, segundo os dois sindicatos que convocaram a paralisação -- o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Em termos concretos, os sindicatos querem uma redução do trabalho suplementar de 200 para 150 horas anuais, uma diminuição progressiva até 12 horas semanais de trabalho em urgência e uma diminuição gradual das listas de utentes dos médicos de família até 1.500 utentes, quando atualmente são de cerca de 1.900 doentes.

Entre os motivos da greve estão ainda a revisão das carreiras médicas e respetivas grelhas salariais, o descongelamento da progressão da carreira médica e a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido e de risco e penosidade acrescidos, com a diminuição da idade da reforma.

Para hoje à tarde, a FNAM agendou ainda uma concentração em frente do Ministério da Saúde, em Lisboa.

A paralisação nacional de três dias, que termina às 24:00 de quinta-feira, deve afetar sobretudo consultas e cirurgias programadas, estando contudo garantidos serviços mínimos, como as urgências, tratamentos de quimioterapia, radioterapia, transplante, diálise, imuno-hemoterapia, cuidados paliativos em internamento.

AH // HB

Lusa/Fim

+ notícias: País

Eurodreams. Já é conhecida a chave que vale 20 mil euros por mês durante 30 anos

Já foi revelada a chave do sorteio de Eurodreams desta quinta-feira. Em jogo está um primeiro prémio de 20 mil euros por mês durante 30 anos.

Eurodreams. Dois apostadores vencem prémio de dois mil euros por mês durante cinco anos

Não se registaram totalistas no sorteio desta quinta-feira do Eurodreams, contudo houve dois apostadores estrangeiros que conseguiram o segundo prémio, em que são distribuídos 2.000 euros por mês ao longo de cinco anos.

“Quem for contra a imigração, é contra o desenvolvimento do país”

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) afirmou que, “quem for contra a imigração, é contra o desenvolvimento do país”, sublinhando que qualquer governo deve passar pela Concertação Social para “ouvir os outros”.