Nove mortos e 16 feridos é o balanço do atropelamento em Toronto
Porto Canal com Lusa
Toronto, Canadá, 23 abr (Lusa) -- Nove pessoas morreram e 16 ficaram feridas num atropelamento hoje ocorrido em Toronto, anunciou a polícia da capital económica do Canadá, depois de deter o condutor da carrinha branca que se tinha posto em fuga.
"Podemos confirmar que nove pessoas morreram e 16 ficaram feridas", declarou o subcomissário da polícia de Toronto, Peter Yuen, em conferência de imprensa, acrescentando que o condutor foi detido a algumas centenas de metros do local, mas sem referir o móbil.
Fonte hospitalar indicou que cinco dos feridos "estão em estado crítico".
Até agora, a polícia não tinha precisado o número de vítimas do acidente, tendo apenas indicado na sua conta da rede social Twitter que "numerosos transeuntes" tinham sido atingidos por uma furgoneta branca na zona das ruas Yonge e Finch.
Imagens captadas pela radiotelevisão pública canadiana CBC tinham mostrado várias pessoas a serem socorridas na calçada, junto à saída de uma estação de metro, e a imprensa local estava a noticiar que quatro delas "já não tinham sinais vitais".
"O inquérito vai ser complexo", advertiu o responsável policial, quando não foi ainda oficialmente determinado se o atropelamento, ocorrido às 13:27 locais (18:27 de Lisboa) foi um ato deliberado ou um acidente.
As fotos e vídeos da detenção mostraram um homem agressivo, que enfrenta um polícia empunhando o que parece ser uma pistola, ao lado de uma carrinha branca com a dianteira da carroçaria amolgada.
Em seguida, o homem larga o que tem na mão e é dominado e algemado sobre o 'capot' da viatura da polícia, antes de ser levado.
O local onde ocorreu o atropelamento, uma artéria bastante frequentada da cidade, com passeios largos, onde muitos peões caminhavam durante a pausa de almoço, para aproveitar o dia de sol, "vai ser encerrada durante vários dias, porque o inquérito vai ser longo, com diversas testemunhas para ouvir e muitas imagens de câmaras de vigilância para visionar", observou Peter Yuen.
"É um acontecimento muito grave", declarou o ministro da Segurança Pública canadiano, Ralph Goodale, sublinhando que "neste momento, não pode ainda ser retirada qualquer conclusão".
"Os nossos corações estão com todos os afetados", declarou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, na Câmara dos Comuns, antes de o balanço ser conhecido.
O incidente ocorreu quando Toronto acolhe uma reunião dos ministros da Segurança Pública do G7, depois de ter sido o anfitrião, durante o fim de semana, da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá).
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