CGD diz que intersindical francesa em greve não compareceu na reunião com administração

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 abr (Lusa) -- A Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje à Lusa que a intersindical FO-CFTC, em greve na sucursal francesa da instituição financeira, não compareceu no encontro com a administração.

"Hoje a direção geral da sucursal da CGD e representantes da CGD Portugal estiveram presentes na sucursal para se reunir com os quatro sindicatos representativos, conforme combinado em 16 de abril", explicou a instituição, numa nota enviada à Lusa.

De acordo com a CGD, estiveram presentes na reunião "a CGT e a CFDT, não tendo comparecido aqueles que aparentam estar na origem da convocação desta greve".

Por sua vez, a intersindical FO-CFTC garantiu hoje que não foi recebida na reunião entre a administração da CGD e os sindicatos, quando decorre o quarto dia de greve em França.

Cristina Semblano, porta-voz da intersindical que tem apoiado a greve, disse à Lusa que cerca de 100 pessoas na sede da CGD em Paris ameaçaram invadir a reunião e que "fizeram tanto barulho que a reunião foi interrompida".

"Eram cerca de 100 pessoas à porta a tentar entrar porque a administração da Caixa recusou receber a intersindical maioritária, ou seja, a presidente da Comissão de Trabalhadores e o sindicato maioritário. As pessoas estavam prontas aqui a invadir a sala onde decorriam reuniões com sindicatos minoritários e fizeram tanto barulho que a reunião foi interrompida", declarou Cristina Semblano.

De um total de 48 agências em França, a representante sindical indicou que hoje 20 agências estiveram fechadas e pelo menos 16 trabalharam com sub-efetivo.

Cristina Semblano indicou, ainda, que a assembleia dos trabalhadores vai reunir-se, esta tarde, para decidir se a greve iniciada esta terça-feira continua, e disse que "seguramente vai continuar".

Em 12 de abril, foi votada uma "greve ilimitada" a partir de quarta-feira, um movimento apoiado pelos sindicatos Force Ouvrière e CFTC, que querem respostas sobre o futuro da CGD em França, onde há mais de 500 trabalhadores.

A intersindical teme a alienação da sucursal francesa, quer ter acesso ao plano de reestruturação do banco e denuncia "atrasos nos aumentos salariais por mérito e carreiras desde 2016", assim como "disfuncionamentos da sucursal com impactos na saúde física e mental dos trabalhadores".

PE (CAYB/MSF/IM) // ATR

Lusa/Fim

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