Síria: Irão adverte para "consequências regionais" do ataque deste sábado

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Teerão, 14 abr (Lusa) -- O Governo iraniano advertiu hoje para as "consequências regionais" do ataque ocidental à Síria, considerando-o uma "flagrante violação do direito internacional".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Bahram Qasemi, denunciou, em comunicado, que o ataque realizado esta madrugada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França ignora "a soberania e a integridade territorial da Síria".

"Os Estados Unidos e seus aliados são responsáveis pelas consequências regionais dessa ação", acrescentou o porta-voz.

Segundo o Irão, os EUA, a França e o Reino Unido decidiram bombardear a Síria "sem quaisquer provas" do alegado ataque químico, há poucos dias, na cidade de Duma, arredores de Damasco e sem esperar pelos peritos internacionais que deveriam iniciar hoje uma investigação no terreno.

Teerão, aliada de Damasco, considera que as acusações de ataques químicos foram "uma desculpa" para justificar o ataque militar de hoje.

Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghuta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.

A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.

O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "ação monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".

O embaixador da Rússia em Washington, Anatoli Antonov, advertiu que este ataque "não ficará sem consequências".

Peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) tinham previsto iniciar hoje uma investigação sobre o alegado ataque com armas químicas. A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacional.

Mais de 40 pessoas morreram e 500 foram afetadas no ataque de 07 de abril contra a cidade rebelde de Douma, em Ghuta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.

A oposição síria e vários países acusam o regime de Al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que o ataque foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.

PJA // PMC

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.