Associação entre Portugal e Grécia deveu-se a políticas do PS -- Vítor Gaspar

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 07 mai (Lusa)- O ministro das Finanças afirmou hoje que "o paralelo errado, enganador e mal informado" entre Portugal e Grécia deveu-se às políticas seguidas pelos executivos do PS e que essa associação foi "quebrada" pelo Governo PSD/CDS e os portugueses.

"A associação entre Portugal e a Grécia foi conseguida pelo Governo do PS e pelas políticas que seguiu em 2009, 2010 e 2011, essa associação foi quebrada por este Governo e pelos portugueses nestes últimos dois anos", afirmou Vítor Gaspar.

Na última intervenção em plenário antes da votação do Orçamento Retificativo, Vítor Gaspar apontou indicadores que disse revelarem uma total diferença entre a situação grega e portuguesa.

O ministro de Estado e das Finanças referiu que o PIB grego caiu mais de 20% entre 2009 e 2013 e que em Portugal, "em três anos, começando em 2010", caiu menos de 7%, notando que a revisão da estimativa do desemprego no programa grego foi de 10 ponto percentuais e no caso português inferior a 4 pontos.

"Não há aqui qualquer comparação e quem quer arrastar Portugal para uma comparação com a Grécia não serve os interesses do país", criticou, numa intervenção que mereceu protestos de vários deputados da bancada socialista.

Vítor Gaspar considerou ainda "extraordinário que no dia em que se sabe que a receita fiscal está acima do padrão mensal previsto e que as exportações cresceram em abril 17,3%" a oposição diga "unanimemente que o programa falha do lado do ajustamento externo e da receita fiscal".

"Não falha, senhores deputados, não falha, este Orçamento Retificativo é uma forma de cumprir. Como disse na intervenção inicial, cumprir foi primeiro essencial para estabilizar, mas cumprir é agora fundamental para recuperar o investimento e cumprir é fundamental para reganhar o crescimento sustentado e criador de emprego", afirmou.

O responsável pela pasta das Finanças acrescentou que "a capacidade dos portugueses realizarem o seu ajustamento será reconhecida internacionalmente" nas próximas reuniões do Eurogrupo e do Ecofin, a 20 e 21 de junho, respetivamente.

Neste contexto, Gaspar notou que nesses encontros será formalizada a aprovação do prolongamento dos empréstimos a Portugal, financiados "a custos de triplo AAA", assim como a revisão dos limites para o défice e a dívida (5,5% em 2013).

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