Autoridades chinesas descartam fogo posto em incêndio em templo tibetano

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Porto Canal com Lusa

Pequim, 22 fev (Lusa) - As autoridades chinesas descartaram que tenha havido fogo posto no incêndio ocorrido no sábado no templo de Jockhang, em Lhassa, um dos locais mais sagrados do budismo tibetano, cuja construção remonta há 1.300 anos.

O incêndio, que consumiu uma área com cerca de 50 metros quadrados, não danificou nenhuma das 6.510 relíquias culturais guardadas no templo, incluindo uma estátua em tamanho real de Buda quando este tinha 12 anos.

Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, o incidente não fez vítimas e o mosteiro abriu no dia seguinte.

A causa do incêndio, que surgiu na ventilação das instalações, está a ser investigado, mas as autoridades descartaram ter-se tratado de fogo posto, informou a Xinhua.

O fogo ocorreu quando muitos tibetanos festejavam o "Losar", o festival de ano novo, que começou na sexta-feira.

Um vídeo difundido nas redes sociais chinesas mostra um telhado do mosteiro a ser consumido pelas chamas, visíveis a centenas de metros.

O mosteiro, do século VII, situa-se no coração de Lhassa e está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Como outros locais sagrados no Tibete, Jockhang sofre vigilância apertada pelas autoridades chinesas, que controlam o território com mão-de-ferro, desde que as suas tropas chegaram, em 1951.

Pequim considera que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é, desde há séculos, parte do território chinês.

O líder político e espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que Pequim acusa de ter "uma postura separatista", vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa em 1959.

Seguidores do Dalai Lama, que em 1989 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, acusam Pequim de tentar destruir a identidade religiosa e cultural do Tibete.

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