Morre em Nova Iorque líder do Conselho Memorial do Holocausto
Porto Canal com Lusa
Nova Iorque, 21 fev (Lusa) - O sobrevivente do Holocausto Sam Bloch, que dedicou sua vida a preservar a memória das vítimas das atrocidades nazistas, morreu aos 93 anos, em Nova Iorque, vítima de insuficiência cardíaca, anunciou hoje fonte da família.
Sam Bloch, que cresceu numa zona da Polónia que agora é parte da Bielorrússia, tinha 16 anos em 1941, quando o seu pai foi morto numa execução em massa por forças nazistas. Depois disso, Bloch juntou-se a uma brigada de guerrilheiros conhecida como "os partizans de Bielski, que se refugiaram nos bosques, atacando regularmente as forças alemãs.
Após o fim da guerra, Bloch esteve internado num campo de refugiados instalado no antigo campo de concentração Bergen-Belsen, na Alemanha.
Depois de se mudar para os Estados Unidos, em 1950, tornou-se um líder dos movimentos que mantêm viva a memória do Holocausto, através da abertura de museus, encontros de sobreviventes e homenagens.
Foi o principal impulsionador de uma das primeiras e maiores reuniões de sobreviventes judeus do Holocausto, destinada a marcar o 20º aniversário da libertação de Bergen-Belsen, em 1965.
"A crença em Deus, na tradição, na humanidade, expressada em orações secretas, mesmo em Auschwitz, impediu os espíritos quebrados de perderem a fé por completo. Isso também é resistência", disse Bloch durante um discurso no Capitólio dos EUA, em 13 de abril de 1983.
Bloch foi nomeado presidente do Conselho do Memorial do Holocausto dos EUA, em 1981, e foi fundador do American Gathering of Jewish Holocaust Survivors. Passou também mais de 50 anos trabalhando para a Organização Sionista Mundial, como diretor de publicações.
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