Senado do Brasil aprova decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro

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Porto Canal com Lusa

São Paulo, Brasil 21 fev (Lusa) - O Senado do Brasil aprovou na madrugada de hoje um decreto de intervenção federal na área de segurança pública do Rio de Janeiro, assinado pelo Presidente do país, Michel Temer, na última sexta-feira.

Na prática, o decreto entrega aos militares a tarefa de acabar com a onda de violência que atinge este estado. A votação na câmara alta parlamentar terminou com o placar de 55 votos a favor da intervenção e 13 votos contrários.

Agora, a medida passa a ter validade até 31 de dezembro e será publicado no "Diário Oficial da União".

A sessão da câmara alta parlamentar em que o decreto foi debatida e aprovado começou por volta das 20:30 (23:30 em Lisboa) da última terça-feira e terminou por volta das 23:55 (3:55 da quarta-feira em Lisboa).

O senador Eduardo Lopes do Partido Republicano Brasileiro (PRB), que integra a base do Governo e foi o relator da matéria defendeu a intervenção, mas reconheceu que ela é um ato excepcional que "não pode ser banalizado".

Já a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, falou pela oposição e afirmou que votaria contra a medida porque a intervenção não foi planeada e porque "não é o papel das Forças Armadas exercer funções policiais".

Com decreto de intervenção aprovado pelo Congresso do Brasil caberá aos militares a tarefa de acabar com a onda de violência e com a sangrenta guerra entre grupos e traficantes de drogas que aflige o Rio de Janeiro, onde só no ano passado foram registadas 6.731 mortes violentas.

Desde a última segunda-feira, as Forças Armadas já realizavam operações de patrulhamento extensivo em favelas e áreas estratégicas da cidade.

O Rio de Janeiro, principalmente a capital e a região metropolitana, têm sofrido com a escalada da violência desde o final dos Jogos Olímpicos de 2016, um problema que foi agravado por uma grave crise económica, que fez com que o governo local tivesse dificuldade em manter equipamentos de segurança e pagar os salários dos polícias.

CYR

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