ONU aplaude formação do novo Governo transição na Guiné-Bissau

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Porto Canal / Agências

Bissau, 07 jun (Lusa) - O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, congratulou-se hoje com a formação de um novo Governo de transição e disse esperar que a comunidade internacional venha apoiar financeiramente o país.

"Felicito as autoridades de transição, todos os partidos políticos que lutaram durante meses, num diálogo intenso, com as suas diferenças, pontos de vista, mas que conseguiram chegar a um acordo. Merecem os nossos parabéns e apoios", disse Ramos- Horta, em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita ao mercado de Bissau.

O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau visitou hoje de manha, durante cerca de uma hora, o mercado de Caracol, nos subúrbios de Bissau, onde constatou as condições em que centenas de 'bideiras' (vendedoras de legumes) trabalham.

Ainda sobre a formação do novo Governo, decretado na quinta-feira à noite pelo Presidente guineense de transição, o representante da ONU afirmou que estão criadas as condições para que a comunidade internacional avance com os "apoios concretos" à Guiné-Bissau.

"Eu acho que sim, pelo menos da parte da ONU. O Fundo para a Consolidação da Paz já vai ser ativado. Vou fazer apelo à União Africana, à CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), à União Europeia para também darem passos correspondentes a esses progressos internos", observou Ramos-Horta, apelando à União Europeia a ser mais compreensiva para com a Guiné-Bissau.

"É altura de a União Europeia rever a sua postura, sobretudo em relação à reativação de financiamentos nos setores da educação, saúde, segurança alimentar, e o mesmo se deve passar com outros parceiros da Guiné-Bissau", disse o ex-presidente de Timor-Leste.

Constituído que está o novo Governo, uma das exigências da comunidade internacional, José Ramos-Horta entende que estão criadas as condições para pensar na preparação de eleições gerais que devem ter lugar ainda este ano.

"Vamos agora passar para os próximos passos, que é muito mais sério, em relação à data das eleições, para que cada partido possa concorrer com igualdade de direito e de oportunidades para alcançar os seus votos para que venha a haver um Governo democrático. Depois é passarmos para a segunda fase, que é muito importante, depois das eleições, que é a reconstrução do país, reconstrução do próprio Estado democrático", disse Ramos-Horta.

Sob proposta do primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, o Presidente guineense, Serifo Nhamadjo, anunciou na noite de quinta-feira os nomes dos novos membros do Governo, composto por 19 ministros (três com categoria de ministros de Estado) e 15 secretários de Estado.

MB // MLL

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