Bancas de petiscos em vez de legumes no renovado mercado do Bom Sucesso, Porto

| Norte
Porto Canal / Agências

Porto, 07 jun (Lusa) -- No sítio onde o colorido desarrumado dos guarda-sóis amarelos tapava o sol à fruta e aos legumes há agora bancas de petiscos e o odor a peixe foi substituído pelo cheiro a obras, a madeira e a novo.

A uma semana da inauguração, no renovado mercado do Bom Sucesso, no Porto, ultimam-se os detalhes de uma empreitada de 12 milhões de euros que remeteu a zona de frescos para uma das laterais do piso zero, onde 12 espaços foram ocupados por oito negócios: peixaria, talho, florista, frutaria, hortícolas, leguminosas, congelados e produtos biológicos

Quando abrir ao público na sexta-feira, depois da inauguração do fim da tarde de quinta, o que vai saltar à vista no corpo central do mercado são as modernas construções de madeira coroadas com artefactos metálicos que acolhem 44 bancas reunidas em 11 simétricos conjuntos de quatro balcões.

É dali que vão sair chocolates, gelados, crepes, cocktails, compotas, leitão, queijos, conservas, mercearia fina, vinho e cerveja para levar para casa ou saborear numa praça de alimentação com cerca de 400 lugares sentados.

Já não há cimento no chão nem bancos ou bancas em pedra, o primeiro piso deixou de estar cheio de flores e o percurso pelo "Bom Sucesso" faz-se agora por um chão ladrilhado a bege, pontuado por quadrados pretos e cor de barro.

De cada um dos lados do interior do mercado foram construídos dois volumes: um destinado a escritórios, ocupado em mais de 50% pela Fundação António da Mota, criada pelo grupo Mota-Engil, que detém 75% do capital da empresa Mercado Urbano, vencedora do concurso público lançado pela Câmara do Porto para recuperar e explorar o "Bom Sucesso".

O outro é o Hotel da Música, um investimento de oito milhões de euros, numa área de 5.000 metros quadrados, que disponibiliza 85 quartos, alguns dos quais se prolongam pelo corredor arqueado com ripas de madeira de um dos lados do primeiro piso do mercado.

As 14 novas lojas do interior do Mercado ficam, por isso, concentradas na galeria do lado oposto e no piso zero, acolhendo áreas diversas como moda, fotocópias, cabeleireiro, biscoitos tradicionais da fábrica Paupério, tabacaria, cremes, perfume e artesanato.

Ocupado por 120 comerciantes de produtos frescos antes de encerrar para obras em agosto de 2011, o renovado "Bom Sucesso" recebe, no piso zero, 12 áreas de restauração com sushi, francesinhas, pizzaria, sanduíches, hambúrgueres de autor, marisco, cozinha portuguesa e éclairs, entre outros.

Para quem entrar no mercado pela porta situada em frente ao centro comercial Cidade do Porto, a nova zona de frescos fica ao fundo, do lado direito.

Tudo isto estará a funcionar entre as 09:00 e as 24:00, de quinta-feira a sábado, e das 09:00 às 23:00, de domingo a quarta-feira.

Desenhado em 1949 pelos arquitetos Fortunato Leal, Cunha Leão e Morais Soares, o mercado do Bom Sucesso foi inaugurado na década de 50 do século XX e o edifício de 13.500 metros quadrados tornou-se num símbolo da arquitetura modernista da época. Em janeiro de 2011, foi classificado como Monumento de Interesse Público.

Cada banca do corpo central do mercado foi comercializada a 150 euros mensais, ao passo que aos escritórios, restaurantes, lojas e espaços de frescos foi atribuído o valor de 12 euros por metro quadrado, indicou à Lusa a empresa Mercado Urbano.

// JGJ

Lusa/fim

+ notícias: Norte

Queda de neve leva a IPMA a colocar distritos do Norte sob aviso amarelo

Os distritos de Bragança, Viseu, Vila Real, Braga, Porto, Viana do Castelo, Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo até à manhã de sábado por previsões de queda de neve, adiantou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Gaia. Homem detido por agredir outro com arma branca no Jardim do Morro 

Um homem foi detido por agredir outro violentamente com uma arma branca, no Jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Mirandela. Água da freguesia de Passos desaconselhada para consumo

A câmara municipal de Mirandela desaconselhou o consumo da água da rede pública na freguesia de Passos naquele concelho do distrito de Bragança, confirmou esta sexta-feira à Lusa o vice-presidente, Vítor Correia.