Contrato de subconcessão vai ser assinado sexta-feira com grupo Martifer

Contrato de subconcessão vai ser assinado sexta-feira com grupo Martifer
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Porto Canal

O contrato de subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ao grupo Martifer vai ser assinado na sexta-feira, confirmou hoje à agência Lusa fonte da administração da empresa pública.

Pelos terrenos, infraestruturas e equipamentos dos ENVC, o grupo Martifer vai pagar ao Estado uma renda anual de 415 mil euros, até 2031, e a assinatura deste contrato entre as duas administrações chegou a ser apontada para 07 de janeiro.

Contudo, os elementos do conselho de administração dos ENVC vão ser ouvidos na terça-feira, a partir das 15:00, na Assembleia da República, pelos deputados da Comissão de Defesa Nacional.

De acordo com a mesma fonte, a assinatura do contrato de subconcessão está por isso, agora, agendada para sexta-feira e deverá decorrer em Lisboa.

A nova empresa West Sea Estaleiros Navais, criada para o efeito pelo grupo Martifer, pretende começar a convocar os funcionários dos estaleiros de Viana para entrevistas de trabalho logo após a assinatura do contrato de subconcessão, prevendo recrutar 400 trabalhadores no primeiro semestre de 2014.

A informação tinha já sido confirmada à Lusa por fonte ligada ao processo de subconcessão, acrescentando que o presidente desta nova empresa será Carlos Martins, administrador daquele grupo privado português, que venceu o concurso público internacional lançado para o efeito.

Num período de seis meses deverão ser criados 400 postos de trabalho nos atuais estaleiros, na área da construção e reparação naval, prevendo o novo subconcessionário um investimento de modernização das instalações e equipamentos dos ENVC, empresa que entretanto será encerrada.

Os 609 trabalhadores dos estaleiros de Viana começaram entretanto a aderir a um plano de rescisões amigáveis proposto pela administração dos ENVC e que vai custar 30,1 milhões de euros. Suportado com recursos públicos, prevê indemnizações individuais entre os 6.000 e os 200 mil euros, além do acesso ao subsídio de desemprego e reforma.

A 03 de dezembro, em entrevista à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da Martifer manifestou a convicção de que esta subconcessão permitirá fazer "reviver" a atividade da construção e reparação naval em Viana do Castelo.

"A indústria de construção e reparação naval vai continuar em Viana do Castelo", enfatizou na altura o administrador, que agora vai liderar o projeto do grupo para os antigos ENVC.

A Martifer é um grupo multinacional com mais de 3.000 trabalhadores, centrando a sua atividade nos setores da construção metálica e no solar fotovoltaico, presente na Europa, África, Américas, Ásia e Médio Oriente.

"Dizer que a construção e reparação naval vai desaparecer de Viana do Castelo é desinformação porque o projeto da Martifer, com experiência e 'know how' na área da construção e reparação naval através dos estaleiros da Navalria, passa precisamente por fazer reviver esta indústria emblemática de Viana do Castelo, com uma história de 70 anos", disse, então, Carlos Martins.

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