PCP acusa PSP de actuação ilegal na manifestação contra Governo em Leiria

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Porto Canal / Agências

Leiria, 06 jun (Lusa) - A Direção da Organização Regional de Leiria do PCP acusou hoje a PSP de ter atuado "à margem da lei" no protesto contra o Governo, na terça-feira, em Leiria, durante o qual foi detido um dos manifestantes.

Em comunicado, o PCP "condena (...) a atuação do corpo de proteção pessoal da ministra Assunção Cristas, que provocou e agrediu manifestantes pacíficos e condicionou pela força o livre exercício do direito constitucional de manifestação", mas também a atuação da PSP "pela conivência com a ação desproporcionada, ilegal e imprópria".

Os comunistas consideram que os casos "se podem enquadrar num atuação à margem da lei e em desrespeito pelos direitos constitucionais dos manifestantes" e apela "aos trabalhadores e ao povo do distrito de Leiria" que expressem a sua solidariedade no dia em que se realiza o julgamento do agora arguido Manuel Cruz, acusado de injúrias e ofensas à integridade física.

O antigo candidato da CDU à Câmara de Leiria foi detido ao início da tarde de terça-feira, à chegada a Leiria da ministra Assunção Cristas, que se preparava para participar na sessão de abertura do Fórum "Como o planeamento pode dinamizar a economia e criar emprego".

Duas dezenas de manifestantes exigiram a demissão do Governo, um pedido que voltou a ser repetido cerca de duas horas mais tarde, aquando da chegada do ministro da Economia e Emprego, que encerrou o evento.

O manifestante foi detido por alegadamente ter agredido um agente da PSP que fazia a segurança da ministra da Agricultura, Mar e Ambiente e será julgado a 24 de junho no Tribunal Judicial de Leiria.

Na terça-feira, depois de ter sido libertado, o manifestante Manuel Cruz assegurou à Lusa ter sido agredido pela pessoa que apresentou queixa.

"Levei pontapés e fui já ao hospital, que confirmou as lesões. Não fiz nada para ser algemado, como se fosse uma grande ameaça. Só quis mostrar a folha de papel no qual tinha escrito 'Demissão, Já!'. Dei conta disso na esquadra e expliquei que tinha sido agredido aos pontapés", afirmou o dirigente do Movimento Unitário de Reformados Pensionistas e Idosos.

Hoje, em comunicado, o PCP da região de Leiria revelou que o grupo parlamentar do partido já entregou na Assembleia da República uma pergunta dirigida ao Ministério da Administração Interna, na qual se questiona o Governo "sobre a possibilidade da transmissão, por via da cadeia de comando, de ordens de repressão de protestos como se de ameaças à segurança se tratassem".

No documento pode ler-se ainda que o PCP "considera que a decisão de levar a julgamento o cidadão Manuel Cruz, com base em falsas acusações e deturpações de factos, constitui um lamentável ato de intimidação e de tentativa de encobrimento da atuação das forças de segurança".

JYMC // SSS

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