ISEG revê em baixa previsão de crescimento para entre 2,6% e 2,8%

| Economia
Porto Canal com Lusa

Redação, 29 nov (Lusa) -- A economia portuguesa deverá crescer 2,6% a 2,8% em 2017, divulgou hoje o ISEG, revendo em baixa a anterior previsão de uma taxa perto dos 3%, devido à desaceleração homóloga do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.

Na síntese de conjuntura de novembro hoje divulgada, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) refere que, "em relação à taxa de crescimento para o ano de 2017, tendo sobretudo em conta o resultado do terceiro trimestre, é revisto o anterior intervalo de previsão para um agora mais provável valor final no intervalo 2,6% a 2,8%".

Na síntese de conjuntura de 29 de setembro, o ISEG tinha melhorado a previsão de crescimento da economia portuguesa para o intervalo entre 2,6% e 3,0% este ano, dois pontos acima da projeção anterior, tendo depois avançado, na síntese de conjuntura divulgada em 25 de outubro, como "mais provável que o crescimento para a totalidade do ano de 2017 se venha a situar na banda superior desse intervalo".

A revisão em baixa hoje feita -- do anterior valor perto dos 3% para um intervalo entre os 2,6% a 2,8% - é justificada pelo ISEG com a entretanto conhecida estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o PIB no terceiro trimestre, cujo crescimento homólogo previsto era de 2,9%, mas se ficou pelos 2,5% (desacelerando, em termos homólogos, face aos 3,0% do segundo trimestre).

Segundo a análise dos economistas do ISEG, o indicador de tendência da atividade global "apresentou nos últimos meses um nível relativamente estável, sem sinais de aceleração do crescimento nem de desaceleração evidente".

Daqui resulta que "a principal razão para a desaceleração do crescimento homólogo do PIB no terceiro trimestre esteja ligada ao crescimento real das exportações e importações de bens e serviços, que o INE considerou, em primeira análise, como tendo originado um contributo negativo para o crescimento homólogo do PIB, ao contrário do verificado nos trimestres anteriores".

"Contudo -- acrescenta o ISEG - em valores nominais, as estatísticas do Banco de Portugal relativas à balança de bens e serviços apresentam um saldo positivo até ao fim do terceiro trimestre apenas um pouco inferior ao do ano anterior".

Relativamente ao quarto trimestre de 2017, o instituto diz que "a informação quantitativa é ainda escassa e localizada", não permitindo "extrapolações fundamentadas sobre a evolução do conjunto da economia".

"A informação mais abrangente provém dos inquéritos de conjuntura qualitativos, onde a evolução dos indicadores de clima e de confiança em outubro mostra, na maioria dos setores e em termos agregados, ligeira melhoria relativamente ao terceiro trimestre", nota.

PD // MSF

Lusa/fim

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