CIP indisponível para aumentar salário mínimo para 600 euros

CIP indisponível para aumentar salário mínimo para 600 euros
| Economia
Porto Canal com Lusa

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, afirmou hoje, em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, que não há disponibilidade para aceitar a proposta de 600 euros de salário mínimo para 2018.

Na entrevista, António Saraiva considerou que a proposta de aumento do salário mínimo para 600 euros, defendida pelo PCP, é "uma luta partidária" dos comunistas com o Bloco de Esquerda.

"Não é que o salário mínimo não devesse ser - assim o país tivesse condições e as empresas para o suportarem - dessa dimensão. Vejo nessa argumentação do PC uma luta partidária com o Bloco de Esquerda", disse António Saraiva.

Questionado sobre um possível aumento do salário mínimo para 580 euros, o empresário disse que a CIP não fará desse valor "um cavalo de batalha" e que só tomará posição depois de saber a proposta do Governo.

O presidente da CIP afirmou ainda que o Orçamento do Estado (OE) para 2018 "cria expetativas às famílias, mas deceção às empresas".

Do OE, António Saraiva reconheceu a importância de algumas medidas incluídas no programa Capitalizar, mas no geral "aquilo que está para as empresas é muito escasso" e penaliza a "atratividade do investimento".

"Estamos cansados de alguns dos dossiês não nos respeitarem", disse, referindo que na confederação está ser feita uma "reflexão" para "encontrar formas imaginativas" de fazer valer os direitos das empresas junto do Governo.

+ notícias: Economia

Boas ou más notícias para o crédito à habitação? Taxas Euribor com novas atualizações

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a quarta-feira.

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.