Motoristas de pesados regressam aos protestos contra o aumento da idade da reforma

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 nov (Lusa) - Os motoristas de pesados de passageiros e mercadorias voltaram hoje a reivindicar ao Governo, numa concentração de dirigentes e delegados sindicais junto ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, a reposição do limite da idade para o exercício da atividade nos 65 anos.

O objetivo do encontro, que esta manhã juntou algumas dezenas de sindicalistas afetos à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), foi também o de entregar um documento à tutela a exigir a reposição nos 65 anos do limite da idade de reforma sem penalização, como acontecia antes de ser alterado o Código da Estrada no ano passado.

"Com esta alteração do Código, o limite de idade aumentou, dos 65, para os 67 anos, o que é também um aumento da idade da reforma numa profissão de desgaste físico e psíquico rápido, com reflexos na qualidade e segurança de pessoas e bens. Já há muito que fazemos esta reivindicação", contou à Lusa o coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira.

Há um ano, deu entrada no parlamento uma petição para a revogação do limite de idade da validade da carta de condução dos motoristas de pesados, que pedia ainda a criação de um regime específico de idade de reforma na profissão, mas a comissão parlamentar que a apreciou, em novembro do ano passado, concluiu que o teor do documento seria dado a conhecer aos grupos parlamentares e Presidente, mas ressalvava não ser obrigatório proceder à sua apreciação em plenário.

José Manuel de Oliveira, que contabiliza existirem "centenas de milhares" de motoristas de pesados, defendeu a necessidade de abrir à discussão dos deputados a criação deste regime especial, lembrando que se trata de trabalhadores que transportam pessoas e mercadorias, com grande importância para a economia nacional e segurança de pessoas.

"Conhecemos estudos, na área da saúde, que mostram que estes trabalhadores sãos suscetíveis de doenças que outros não têm", salientou o sindicalista, recordando ainda que muitas empresas, em vez de cumprirem a lei, fazem o salário do trabalhador depender dos quilómetros de faz ou tonelagens que transporta, o que fomenta ainda mais ritmos de trabalho intensos.

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