Redação, 11 out (Lusa) -- O conselho de administração da Prisa reúne-se na sexta-feira para analisar "diferentes alternativas" para reduzir a sua dívida, estando a equacionar uma injeção de capital que ronda os 500 milhões de euros, foi hoje divulgado.

Num comunicado enviado hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha, o grupo de media informa, após notícias hoje divulgadas pela imprensa espanhola, que a Prisa encontra-se "a trabalhar no processo de desalavancagem financeira", estando a equacionar "diferentes alternativas" para reduzir a sua dívida.

Uma das opções inclui o "fortalecimento dos fundos próprios através de uma injeção de capital de cerca de 500 milhões de euros", assinala o grupo.

A Prisa acrescenta que "mantém conversações com os diferentes acionistas e investidores", sem que se tenha chegado "a algum consenso".

Para sexta-feira, está marcada uma reunião para analisar estas questões, adianta a Prisa no comunicado feito à CNMV, assegurando que, caso o encontro tenha resultados, serão "comunicados oportunamente ao mercado".

Hoje, media espanhóis noticiam que esta reunião servirá também para discutir a sucessão do presidente executivo da empresa, Juan Luis Cebrián, que desempenha o cargo desde 2012.

A imprensa aponta como possível sucessor o ex-presidente da empresa espanhola de consultoria Indra, Francisco Javier Monzón, enquanto Juan Luis Cebrián assumiria a presidência do jornal El País, jornal que fundou e do qual foi diretor entre 1976 e 1988.

Contudo, a Prisa não confirmou nenhuma destas informações.

Este grupo espanhol, que detém a Media Capital, tem uma dívida que ronda os 1.500 milhões de euros.

Em meados de julho passado, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), a multinacional holandesa Altice anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

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