Defesa de Sócrates usará todos os meios para derrotar "acusação infundada"

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 11 out (Lusa) - A defesa de José Sócrates assegurou hoje que vai examinar detalhadamente o despacho do Ministério Público contra o ex-primeiro-ministro na Operação Marquês e que irá "usar todos os meios do direito para derrotar" uma "acusação infundada, insensata e insubsistente".

Em comunicado enviado à agência Lusa, os advogados João Araújo e Pedro Delille referem que "irão examinar detalhadamente o despacho e todos os elementos do processo e irão usar todos os meios do direito para derrotar, em todos os terrenos, essa acusação infundada, insensata e insubsistente".

"A um primeiro relance, trata-se de um romance, de um manifesto, vazio de factos e de provas, pois não pode ser provado o que nunca aconteceu. Trata-se de retomar e desenvolver os mesmos temas numa iniciativa de grande espetáculo", argumenta a defesa de Sócrates.

Os advogados reiteram que a acusação hoje divulgada surge depois de "largamente ultrapassados todos os prazos da lei" e que esta é "visivelmente, destinada a reanimar, a alimentar e a expandir a suspeição lançada sobre a pessoa e a ação de um ex-primeiro ministro e do seu Governo".

A defesa de Sócrates observa que manteve, ao longo deste processo, "mesmo perante o enorme e injusto sacrifício pessoal do seu constituinte, absoluta confiança no direito, mesmo quando os que o deviam guardar e acatar o violaram grosseiramente".

Garantem que será nesse quadro no direito que irá continuar, "com rigor e exigência", a fazer a defesa do antigo líder do PS.

Os advogados observam ainda que, com "esta acusação, cessam os poderes de direção do processo pelo Ministério Público, que ficará sujeito ao controlo jurisdicional por juiz competente, "isento e imparcial".

O Ministério Público acusou hoje José Sócrates de 31 crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

O empresário e amigo de Sócrates Carlos Santos Silva foi acusado de 33 crimes, entre os quais corrupção passiva de titular de cargo político, corrupção ativa de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documento, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada e o ex-presidente do BES Ricardo Salgado de corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.

O antigo presidente da PT Zeinal Bava está acusado de cinco crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, enquanto Henrique Granadeiro, ex-administrador da PT, está acusado de corrupção passiva, branqueamento de capitais, peculato, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.

O ex-ministro e antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara foi acusado pelo MP de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

No inquérito 'Operação Marquês' foram acusados 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas, num total de 164 crimes.

FC/CC // HB

Lusa/fim

+ notícias: País

Combustíveis ficam mais baratos. Saiba onde pode abastecer mais barato no Grande Porto

Esta segunda-feira, os automobilistas contam com boas notícias nas visitas aos postos de combustível. O preço médio tanto do gasóleo como da gasolina vai baixar esta semana.

Seis artistas portuguesas distinguidas em prémios internacionais

Os Prémios Internacionais de Música Portuguesa (IPMA, na sigla em inglês), que decorreram na madrugada deste domingo na cidade norte-americana de Providence, distinguiram seis artistas portugueses, incluindo Cláudia Pascoal, Filipa Biscaia e Noa Rangel.

Ministra da Saúde assume empenho para melhorar resposta de urgências pediátricas

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assumiu este domingo no Porto a necessidade de no próximo verão haver respostas diferentes ao nível das urgências pediátricas.