Entrada da CGD no défice "não terá impacto" na avaliação de Bruxelas - Centeno

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 set (Lusa) - O ministro das Finanças disse hoje não estar preocupado com uma eventual contabilização da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no défice, considerando que, mesmo que isso aconteça, "não terá impacto na avaliação" da Comissão Europeia a Portugal.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que o défice orçamental foi de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre deste ano, um valor que é inferior aos 3,1% registados no período homólogo e que não conta com efeito da recapitalização da CGD - cujo impacto contabilístico ainda está a ser discutido entre o INE e a autoridade estatística europeia, o Eurostat.

"Não é uma questão que levante grandes preocupações ao Governo", respondeu o ministro das Finanças, em declarações à agência Lusa, quando questionado sobre se a eventual contabilização da recapitalização no défice, e o impacto que pode ter na avaliação de Bruxelas a Portugal, o preocupava.

"Nós temos uma execução orçamental que está totalmente alinhada com o Orçamento do Estado para 2017 [OE2017], apresentado na Assembleia da República, e com os compromissos internacionais do país. O Governo está e vai cumprir esses objetivos, o que faz com que qualquer impacto eventual, mesmo contrário a anteriores decisões da Comissão, que possa vir a ser registado no défice, seja de natureza temporária", afirmou Mário Centeno.

Dessa forma, assegurou o ministro, essa operação "não terá impacto na avaliação que é feita do desempenho orçamental português pela Comissão Europeia", recordando que a Comissão Europeia já sinalizou esta mesma posição esta semana à comunicação social.

Mário Centeno considerou ainda que os números divulgados hoje pelo INE sobre a execução orçamental dos primeiros seis meses do ano "são muito positivos" e que trazem "uma confiança reforçada nos objetivos para 2017 e na sua obtenção".

"Temos uma consolidação orçamental que continua a acompanhar o crescimento económico e do emprego. Os números que o INE hoje divulgou mostram uma revisão em alta do crescimento económico homólogo no segundo trimestre de 2017 de 3%. É uma taxa de crescimento muito robusta e que mostra o caminho positivo que a economia portuguesa tem estado a fazer", defendeu.

SP // CSJ

Lusa/fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

Governo responde a Marcelo. "Não está em causa nenhum processo" para reparação do passado colonial

O Governo afirmou este sábado que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.