Moody's baixa nota da Venezuela devido a alegado risco de colapso económico

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Porto Canal / Agências

Caracas, Venezuela, 17 dez (Lusa) - A agência de notação financeira Moody's baixou na segunda-feira a nota dos títulos venezuelanos para "Caa1", mantendo uma perspetiva negativa, devido ao alegado aumento do risco de colapso económico e financeiro.

A Moody's observa "desequilíbrios macroeconómicos cada vez mais insustentáveis", incluindo um "nível de inflação muito elevado e uma forte depreciação da taxa de câmbio paralela".

"As políticas do Governo pioraram estes problemas, elevando consideravelmente o risco de um colapso económico e financeiro", refere a agência em comunicado.

Para a Moody's, a inflação na Venezuela "está fora de controlo, superando um nível de 50%" e a taxa de câmbio no mercado paralelo, ilegal no país, subiu 64 bolívares por dólar, dez vezes acima da taxa legal de 6,3 bolívares.

Na Venezuela existe um controlo do câmbio que coloca nas mãos do Estado o monopólio da gestão do mercado de divisas do país.

A Moody's realça ainda a existência de uma "escassez generalizada de vários bens", que obrigou o Governo a aumentar as importações, bem como a crescente redução de ativos financeiros líquidos do país.

"Apesar de o país ter uma quantidade substancial de reservas de ouro e outros ativos líquidos, as reservas de moeda estrangeira alcançaram níveis baixos", refere a nota da mesma agência, sublinhando que a Venezuela teve um crescimento do PIB de apenas 1,4% nos primeiros três trimestres do ano.

Na semana passada, a agência de notação financeira Standard & Poor's anunciou também a redução da classificação da Venezuela para "B-".

PNE // JCS.

Lusa/fim

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