União dos Sindicatos Independentes opõe-se à greve geral

União dos Sindicatos Independentes opõe-se à greve geral
| Política
Porto Canal

A União dos Sindicatos Independentes (USI) considerou hoje que as medidas de austeridade implementadas em Portugal são "desasjustadas" da realidade nacional, mas entende que a presença da 'troika' é necessária, opondo-se à realização da greve geral.

O sindicato entende que as medidas da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) são "muito desajustadas da realidade portuguesa", mas manifestou-se "globalmente favorável à presença da 'troika' em Portugal".

Nesse sentido, o sindicato informou, em comunicado, que deseja "iniciar um diálogo social com os credores internacionais, no sentido de serem sensibilizados para a realidade nacional tornando menos doloroso o caminho para o ajustamento".

De acordo com a estrutura sindical, existem setores vitais como "a educação, a justiça e a saúde que devem ser alvo de uma avaliação cuidada, pelo que não se justificam os cortes cegos que estão pensados numa lógica global".

A União dos Sindicatos declarou ainda que "não aderirá" à greve geral convocada para o dia 27 de junho, "porque é uma greve convocada por centrais sindicais que estão reféns de agendas partidárias".

Para coordenador da USI, Afonso Diz, o sindicalismo independente "é um sindicalismo construtivo e que pensa no bem do país para além das agendas dos partidos".

"Num momento como este que estamos a atravessar, não há autoridade moral para convocar uma greve geral", afirmou o responsável, citado do comunicado.

As declarações do sindicalista foram proferidas hoje numa conferência de imprensa que reuniu a Confederação Europeia dos Sindicatos Independentes e os sindicatos independentes de Portugal e Espanha, numa estratégia solidária em relação à medidas de austeridade levadas a cabo nos países do Sul e que "têm produzido resultados devastadores, nomeadamente ao nível do desemprego jovem".

A CGTP anunciou na sexta-feira a realização de uma greve geral para o dia 27 de junho e, na segunda-feira, a UGT anunciou que iria juntar-se ao protesto da Intersindical.

Esta é a décima greve geral em Portugal desde o 25 de abril e a quarta envolvendo as duas centrais sindicais

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