S. Pedro do Sul, 15 mai (Lusa) - A Comissão Distrital de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde de Viseu entrega na sexta-feira um abaixo-assinado a exigir a reabertura da extensão de saúde de Vila Maior, no concelho de S. Pedro do Sul.

O abaixo-assinado, a entregar à direção do Centro de Saúde de S. Pedro do Sul, foi subscrito por cerca de 200 pessoas, disse à agência Lusa Manuel Sebastião, da comissão de utentes.

"Reclamamos a reabertura do posto médico, que é muito necessário, e esta é uma das formas que temos para lutar", frisou.

A extensão de saúde encerrou há dois anos, de forma temporária, mas não voltou a abrir as portas.

"A única alternativa para os utentes das freguesias de Vila Maior e Figueiredo de Alva, na sua maioria idosos, com baixos rendimentos e sem mobilidade, passou a ser a deslocação ao Centro de Saúde de São Pedro do Sul", lamenta, em comunicado, a comissão de utentes.

Segundo a comissão, "o tempo de espera para ser atendido numa consulta é, no mínimo, de um mês" e só para os utentes com médico de família.

"Para todos os outros é esperar horas a fio por uma vaga ou ir às urgências e continuar a esperar", acrescenta.

Por considerar que está a ser prejudicada por esta situação, a população exige "a colocação urgente de um médico e a reposição dos serviços médicos retirados há dois anos".

Em março, fonte da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) informou a Lusa de que a direção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões, "ciente de que a população de Vila Maior está a ter o devido atendimento no Centro de Saúde de S. Pedro do Sul e gerindo a falta de clínicos de Medicina Geral e Familiar, considera não ser possível, para já, reabrir a extensão de saúde".

Segundo a ARSC, a extensão encerrou há cerca de dois anos "devido à escassez de recursos humanos, nomeadamente de médicos de Medicina Geral e Familiar", no ACES Dão Lafões.

"Na altura, foram apresentadas, aos utentes, alternativas no Centro de Saúde de S. Pedro do Sul que, até à data, têm garantido resposta às suas necessidades", referiu.

Os utentes têm ao seu dispor "consultas para situações agudas, consultas programadas e consultas de programas específicos", como saúde materna, saúde infantil, diabetes, hipertensão e planeamento familiar.

Por outro lado, têm "atendimento em consulta de intersubstituição, com horário variável nos diferentes dias da semana para aumentar a acessibilidade de acordo com as disponibilidades dos utentes do concelho", e um Serviço de Urgência Básica que funciona 24 horas por dia, acrescentou.

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