Prémios Gulbenkian 2017 são hoje entregues e distinguem ativismo a favor dos refugiados

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 jul (Lusa) - O Prémio Calouste Gulbenkian 2017 é hoje entregue, em Lisboa, às 18:00, ao Hungarian Helsinki Committee, organização não-governamental que dá apoio a migrantes e refugiados na Hungria, e a Jane McAdam, investigadora australiana na área do Direito.

Os dois vencedores vão repartir este prémio para os direitos humanos de 100 mil euros da Fundação Gulbenkian, como reconhecimento do "inestimável contributo na defesa dos direitos humanos, em particular, dos refugiados".

Quanto aos vencedores nacionais dos Prémios Gulbenkian 2017, nas categorias de "Conhecimento", "Sustentabilidade" e "Coesão", no valor de 50 mil euros cada, são, respetivamente, a Sociedade Portuguesa de Matemática, a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) e a Sociedade Artística Musical dos Pousos.

Os prémios Gulbenkian serão entregues numa cerimónia presidida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Anfiteatro ao Ar Livre, assinalando o Dia Calouste Gulbenkian - 20 de julho -, seguida da atuação da Orquestra Gulbenkian e de Gisela João.

Este ano dedicado ao reconhecimento de ações de mérito na defesa dos refugiados, o Prémio Calouste Gulbenkian 2017 distinguiu a Hungarian Helsinki Committee, pelo caráter "singular e exemplar" desta organização, que presta assistência jurídica regular gratuita aos requerentes de asilo, refugiados e apátridas na Hungria.

A Gulbenkian lembrou, num comunicado, que a organização foi fundada em 1989, com a missão de defender a dignidade humana, e tem sido, segundo o júri do prémio, a "voz dos refugiados", bem como a "voz crítica mais audível das políticas ilícitas e desumanas" praticadas na Hungria.

O júri decidiu ainda premiar o contributo da professora e investigadora Jane McAdam para a melhoria da vida de milhões de refugiados e migrantes, sublinhando o alcance e o impacto das ideias desta jovem advogada, que dirige um Centro de Direito Internacional de Refugiados na Universidade de Nova Gales do Sul em Sidney, na Austrália, com efeitos práticos na legislação, na jurisprudência e nas políticas aplicadas neste campo.

Presidido por Jorge Sampaio, o júri do Prémio Calouste Gulbenkian foi composto por personalidades nacionais e internacionais como Emílio Rui Vilar, José Ramos Horta, Demetrios G. Papademetriou, Michel Sidibé, Jody Williams e Asma Jahangir.

O Prémio Calouste Gulbenkian foi atribuído pela primeira vez em 2012 à West-Eastern Divan Orchestra, a formação liderada por Daniel Barenboim, fundada com o ensaísta de origem palestiniana Edward Said, tendo nos anos seguintes contemplado, respetivamente, a Biblioteca de Alexandria (2013), a Comunidade de Santo Egídio (2014), o médico congolês Denis Mukwege (2015), que tem dedicado a sua vida a assistir mulheres vítimas de violação, na República Democrática do Congo, e a Fundação Amazonas Sustentável (2016).r, José Ramos Horta, Demetrios G. Papademetriou, Michel Sidibé, Jody Williams e Asma Jahangir.

AG // MAG

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