Líder de grupo rebelde recusa negociar em nome de atacantes no sul das Filipinas

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Porto Canal com Lusa

Manila, 19 jul (Lusa) -- O líder do grupo rebelde Frente Moro de Libertação Islâmica disse ter recusado negociar a retirada do grupo extremista Estado Islâmico (EI) da cidade de Marawi, no sul das Filipinas, onde decorre uma ofensiva militar.

Al Haj Murad Ebrahim, da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), disse que a intervenção teria sido difícil porque o Presidente filipino, Rodrigo Duterte, declarou que o Governo não negociava com terroristas.

Em entrevista à agência noticiosa Associated Press (AP), na terça-feira à noite, Murad disse que os últimos dois meses em Marawi são o pior do que já viu em mais de quatro décadas como rebelde no sul do país.

Os rebeldes em Marawi disseram através de emissários religiosos que estão prontos para lutar até a morte.

O ataque à cidade de Marawi, no estado de Mindanao (sul), a 23 de maio, é uma das primeiras ações rebeldes de larga escala e levou à instauração da lei marcial na região. Pelo menos 500 pessoas morreram nos confrontos.

O sul do país é considerado por cinco milhões de muçulmanos filipinos (entre 100 milhões de habitantes) como a sua terra ancestral.

A rebelião começou na década de 1970 e causou cerca de 150 mil mortes, tornando-se uma das mais longas e mortais na Ásia.

Na segunda-feira, o Presidente filipino, Rodrigo Duterte, prometeu mais autonomia para a minoria muçulmana no sul do país, numa tentativa de isolar os rebeldes islâmicos que controlam Marawi.

Duterte comprometeu-se a submeter ao parlamento o projeto de lei fundamental, apelidado de Bangsamoro e que visa a criação de uma região autónoma, redigido em conjunto por responsáveis do Governo e da Frente Moro.

O primeiro projeto foi assinado em 2014 pelo antigo Presidente filipino Benigno Aquino, mas o parlamento recusou aprovar o documento.

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