Comandante das Forças Terrestres formaliza pedido de exoneração

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 jul (Lusa) - O tenente-general Faria Menezes formalizou hoje o pedido de exoneração do cargo de comandante das Forças Terrestres e passagem à situação de reserva, anunciou o Exército.

"O Exército informa que o senhor tenente-general Faria Menezes apresentou, na presente data, uma declaração de passagem à situação de reserva e o pedido de exoneração do cargo de comandante das Forças Terrestres", anunciou em comunicado o Exército.

O Exército refere que, "o que respeita ao cargo de comandante das Forças Terrestres" e de acordo com Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas, a exoneração é da competência do ministro da Defesa Nacional, a quem o Chefe de Estado-Maior do Exército apresentou a proposta de exoneração.

"A transição para a situação de reserva, que constitui um direito previsto no Estatuto dos Militares das Forças Armadas, ocorrerá no próximo dia 14 de julho, como consta na referida declaração", especifica ainda o Exército no comunicado.

O pedido de exoneração do tenente-general Faria Menezes tinha sido noticiado pelo semanário Expresso no sábado, bem como do tenente-general Antunes Calçada, do Comando de Pessoal, que de acordo com o semanário, se demitiu "por divergências inultrapassáveis" com o Chefe do Estado-Maior do Exército alegadamente devido à forma como o general Rovisco Duarte decidiu exonerar cinco comandantes no caso do furto de Tancos.

Citado pelo Expresso, Faria Menezes considerou que "houve uma quebra do vínculo sagrado entre comandantes e subordinados".

Na base das decisões dos dois generais, segundo o jornal, estará a forma como o chefe do ramo decidiu exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis por alocar efetivos à vigilância dos Paióis Nacionais de Tancos, de onde foi furtado material de guerra, detetado no dia 28.

O general Rovisco Duarte decidiu exonerar os comandantes até estarem concluídas as investigações internas que determinou. Segundo admitiu numa reunião à porta fechada com os deputados da comissão parlamentar de Defesa, quinta-feira, esta decisão não foi consensual na estrutura do Exército, disseram à Lusa fontes parlamentares.

Contudo, a decisão foi assumida como um ato de comando que melhor protegia os comandantes na fase das investigações.

ACL/(SF) // ZO

Lusa/fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.