"Não é claro que haja vantagem em associar um operador" aos CTT - presidente

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 05 dez (Lusa) - O presidente executivo dos CTT, Francisco de Lacerda, afirmou hoje que "não é claro" que haja vantagem em associar um operador do setor aos Correios de Portugal.

Francisco de Lacerda falava num encontro com jornalistas, em Lisboa, no primeiro dia em que as ações dos CTT estiveram a negociar na Euronext Lisbon.

Questionado sobre se os CTT precisam de um operador para a sua estratégia futura, Francisco de Lacerda lembrou que o Governo, quando decidiu privatizar a empresa, tomou uma "decisão de avançar sem procurar trazer um parceiro", ou seja, "quando se procuram investidores institucionais não é na lógica de trazer um parceiro", acrescentou.

O presidente executivo dos CTT salientou que a empresa tem bons indicadores de qualidade de serviço, operacionais e de rentabilidade, sublinhando que "não é claro que haja uma vantagem em associar um operador".

No entanto, "também não estou a dizer que não haja circunstâncias em que isso não possa fazer sentido, não há nada em cima da mesa e não há nada que indique que se deva avançar com esse assunto de uma forma determinada", sublinhou.

Sobre o movimento das ações dos CTT em bolsa, que hoje tocaram nos 5,95 euros, encerrando nos 5,54 euros, dois cêntimos acima do valor a que começaram a ser negociadas, Francisco de Lacerda considerou que "o elevado número de transações reforça a convicção de que há interesse" nos títulos dos Correios de Portugal.

Sobre se está disponível para continuar à frente dos CTT, depois do ministro da Economia, António Pires de Lima, ter elogiado o seu trabalho no processo de privatização, Francisco de Lacerda voltou a escusar-se a comentar.

O presidente executivo dos CTT reiterou que este é um tema que deve ser abordado pelos acionistas, tendo em conta que o Estado, através da Parpública, ficou apenas com 30% da empresa.

Quanto à possibilidade de os CTT avançarem com o projeto do Banco Postal, uma vez que já tiveram luz verde do regulador Banco de Portugal, Francisco de Lacerda remeteu o tema para a assembleia geral anual da empresa, que deverá acontecer até fevereiro próximo.

ALU// ATR

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