Saída dos EUA de Acordo de Paris é "uma decisão grave" - ministro Ambiente

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 01 jun (Lusa) - O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, considerou hoje "uma decisão grave" a saída dos Estados Unidos do acordo climático de Paris, sublinhando que o aquecimento global "é uma questão que nenhum país pode resolver sozinho".

Em declarações à Lusa, o ministro disse que a decisão hoje anunciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, é negativa para os próprios Estados Unidos, porque "não existe espaço no mundo, mesmo numa economia de grande dimensão como a americana, para imaginar que essa mesma economia pode crescer baseada no carvão".

Sobre o impacto da desvinculação dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o titular português da pasta do Ambiente afirmou: "Quero acreditar que, do ponto de vista da reversão efetiva da redução das emissões poluentes, não venha a ser tão negativa quanto isso".

Para o ministro, "um país e uma democracia como os Estados Unidos da América é muito mais do que a sua administração".

Concluído em 12 de dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e já ratificado por 147, o acordo entrou formalmente em vigor em 04 de novembro de 2016, e visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.

Portugal ratificou o acordo de Paris em 30 de setembro de 2016, tornando-se o quinto país da União Europeia a fazê-lo e o 61.º do mundo.

O acordo histórico teve como 'arquitetos' centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China, e a questão dividiu a recente cimeira do G7 na Sicília, com todos os líderes a reafirmarem o seu compromisso em relação ao acordo, com a exceção de Donald Trump.

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