Trump acusa Irão de desestabilizar a região e apoiar os crimes de Assad
Porto Canal com Lusa
Riade, 21 mai (Lusa) -- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou hoje o Irão de desestabilizar a região do Médio Oriente e de apoiar os "crimes indescritíveis" do presidente sírio, Bashar al-Assad.
"Tudo o que está a acontecer na Síria é culpa do regime iraniano", disse Trump ao discursar perante os líderes de 55 países muçulmanos numa conferência na capital da Arábia Saudita.
O presidente norte-americano apelou a todas as nações para "trabalharem para isolar o Irão e [privá-lo] dos fundos que financiam o terrorismo".
Insistindo nas críticas "à agressão" iraniana na região, Trump afirmou que "as vítimas que sofrem há mais tempo" com ela são os iranianos, que "suportaram dificuldades e desespero pela procura irresponsável dos seus líderes de conflito e de terror".
Num discurso muito centrado no combate ao terrorismo, Donald Trump afirmou que todos os países têm de participar nos esforços para erradicar o terrorismo e "trabalhar honestamente" para combater "a crise do extremismo islâmico e os grupos terroristas islâmicos que inspira".
"Todos os países têm um dever absoluto de garantir que os terroristas não encontram refúgio no seu território", disse.
O presidente norte-americano assegurou que esta "não é uma batalha entre diferentes religiões [...] ou diferentes civilizações", mas "uma batalha entre criminosos bárbaros que tentam aniquilar a vida humana e gente boa de todas as religiões que tenta protegê-la".
"É uma batalha entre o bem e o mal", disse.
O discurso de Donald Trump na cimeira de países muçulmanos é um dos pontos altos da visita de dois dias à Arábia Saudita, primeira etapa da sua primeira viagem ao estrangeiro como presidente dos Estados Unidos.
"Não estamos aqui para dar lições, para dizer aos outros como devem viver, o que devem fazer, quem ser ou quem adorar. Estamos aqui para oferecer uma parceria, baseada em interesses e valores comuns, para alcançarmos um futuro melhor para todos", disse.
Os Estados Unidos, afirmou, procuram estabelecer uma "coligação de nações" no Médio Oriente que permita "erradicar o terrorismo".
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