Deputado formaliza pedido de destituição de PR brasileiro Michel Temer

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Porto Canal com Lusa

São Paulo, Brasil, 17 mai (Lusa) - O deputado brasileiro Alessandro Molon, do partido Rede, formalizou na quarta-feira um pedido de destituição contra o Presidente do Brasil, Michel Temer, na Secretaria-Geral da Câmara Baixa do parlamento.

O pedido aconteceu pouco depois de o jornal brasileiro O Globo ter revelado que o empresário Joesley Batista, acionista da empresa JBS, gravou uma conversa na qual o Presidente Michel Temer o autoriza a pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por participação no esquema de corrupção na Petrobras.

"Já protocolei um pedido de impeachment [destituição] de Michel Temer com base nesta denúncia, nessa delação [da JBS], que trata do pedido de manutenção do pagamento de suborno para Eduardo Cunha para que ele manter o seu silêncio", disse o deputado, num vídeo divulgado na rede social Facebook.

Alessandro Molon continua a afirmar que "[a gravação mostra que o Presidente] fere direta e claramente a lei de responsabilidade [usada para iniciar pedidos de destituição no Brasil], que diz que ter um comportamento incompatível com o decoro do cargo é causa para cassação do mandato".

É o primeiro pedido de destituição contra o chefe de Estado brasileiro com base na denúncia divulgada quarta-feira pelo jornal O Globo.

Segundo o diário brasileiro, a gravação foi feita no dia 07 de março, num encontro no Palácio do Jaburu, residência oficial do Presidente brasileiro.

Segundo o Globo, o empresário Joesley Batista disse alegadamente a Michel Temer que estava a dar ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador financeiro Lúcio Funaro uma mesada na prisão, para eles ficarem calados.

Após ouvir esta informação Michel Temer terá respondido: "Tem que manter isso, viu".

A gravação foi apresentada por Joesley Batista e Wesley Batista, irmãos e acionistas da JBS, aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o juiz Edson Fachin, que julga os casos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para negociar um acordo de delação premiada (colaboração em troca da redução da pena).

CYR // ARA

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