CGD: Habitantes de Almeida abandonaram balcão de Vilar Formoso, regressam dia 17

| Economia
Porto Canal com Lusa

Almeida, Guarda, 08 mai (Lusa) - Os habitantes e autarcas de Almeida que hoje se concentraram junto das instalações da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Vilar Formoso abandonaram o local pelas 15:45, mas prometeram voltar no dia 17.

Várias dezenas de habitantes e de autarcas participaram hoje, na vila fronteiriça de Vilar Formoso, no distrito da Guarda, em mais uma ação de protesto pelo fecho do balcão da CGD da vila histórica de Almeida.

O presidente da autarquia, António Baptista Ribeiro, disse à agência Lusa que a concentração, realizada em frente do balcão de Vilar Formoso da CGD "decorreu de uma forma ordeira" e que vão seguir-se "novas formas de luta", sem especificar.

"Não vamos desistir. Vai haver outras formas de luta e de intervenção que, a seu tempo, vão ser divulgadas", prometeu.

António Baptista Ribeiro adiantou que no próximo dia 16 será recebido, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que no dia seguinte, pelas 14:00, haverá um novo encontro de habitantes e de autarcas em Vilar Formoso.

O autarca lamentou a forma como o seu concelho está a ser tratado pela administração da CGD: "Em Almeida temos duas máquinas e aqui [em Vilar Formoso] também, porque a agência está encerrada"

"Hoje, Almeida está privada na totalidade de serviços da CGD. A agência de Vilar Formoso encerrou pelas 13:00. É a forma como os munícipes e as instituições do concelho de Almeida estão a ser tratados", acrescentou.

Disse ainda à Lusa que com a situação verificada em Vilar Formoso, com o fecho antecipado das instalações da dependência bancária, viu naquela vila fronteiriça, ponto de passagem para quem entre e sai do país, "uma dezena de pessoas" que ali se dirigiram e que a encontraram encerrada.

"Isto é hilariante. Penso que se perdeu o tino neste país", comentou o autarca, lembrando que não se justificava o encerramento antecipado da agência porque "as pessoas vieram manifestar-se de forma ordeira".

António Ramos, de 73 anos, residente em Almeida, um dos participantes na ação de protesto pacífica, disse à Lusa que a porta da dependência bancária de Vilar Formoso fechada constitui uma situação "desagradável".

"Isto são bofetadas que se dão sem mão. Eu vinha para obter informações [sobre a conta bancária] e cheguei aqui e deparei-me com esta situação. É desagradável e intolerável. É mais que lamentável, porque as portas estão fechadas e os vidros não deixam observar nada para o interior", disse o habitante.

Os autarcas e os habitantes de Almeida não se conformam com a decisão da administração da CGD que decidiu encerrar o balcão daquela vila histórica do distrito da Guarda, localizada junto da fronteira com Espanha.

A CGD prevê encerrar 61 agências, sendo 18 na área da Grande Lisboa, 15 a norte, 15 a sul e nas regiões autónomas e 13 na zona centro, segundo a lista revista divulgada em março.

ASR // MLS

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.