Centenas de milhares nas ruas de Kiev a exigir eleições antecipadas na Ucrânia
Porto Canal
Centenas de milhares de manifestantes protestaram hoje no centro da capital da Ucrânia, Kiev, exigindo eleições antecipadas tanto para a presidência e para o Governo do país, desafiando uma proibição imposta na noite passada por um tribunal ucraniano.
No sábado os partidos da oposição anunciaram um acordo para fazer uma frente de oposição unida ao Presidente da Ucrânia e ao Governo, exigindo a sua demissão e eleições antecipadas.
Hoje, dezenas de milhares de manifestantes decidiram desafiar a decisão de um tribunal ucraniano durante a noite de sábado que proíbe as manifestações até dia 07 de dezembro no centro da cidade até à praça da Independência, para onde se dirigiam hoje os manifestantes.
A praça ainda estava hoje de manhã fechada sob um forte perímetro policial, depois da repressão violenta das autoridades aos manifestantes na noite de sábado.
A oposição e os manifestantes queixam-se ainda do Presidente ucraniano por falhar um acordo de aproximação com a União Europeia, mas Viktor Yanukóvich assegurou hoje que tudo fará para acelerar o processo, defendendo porém que a colaboração com os 28 Estados-membros deve ser feita em pé de igualdade.
Viktor Yanukóvich afirmou que este processo negocial deve correr sem permitir grandes perdas para a economia ucraniana e a deterioração das condições de vida dos ucranianos, mas a oposição prepara mais um grande protesto para hoje contra a recusa do Presidente ao acordo com a UE e pela repressão policial à manifestação de sábado.
O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, pediu hoje publicamente que o Governo ucraniano respeite o direito à manifestação e apelou para que este proteja "de qualquer tipo de intimidação e violência" os que saem à rua para defender uma maior proximidade com a União Europeia.