Luís Palha da Silva e Rafael Mora receberam 561 mil euros na Pharol em 2016

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 28 abr (Lusa) - Os administradores da Pharol Luís Palha da Silva e Rafael Mora, este último que entretanto renunciou ao cargo, receberam um total de 561 mil euros pelas funções na empresa em 2016, entre os 876,15 mil euros destinados ao conselho de administração.

O relatório e contas da Pharol, hoje divulgado no regulador, mostra que o líder da empresa, Luís Palha da Silva, foi quem mais recebeu, num total de 294 mil euros, seguindo-se Rafael Mora, que auferiu 267,36 mil euros no exercício de 2016, tendo sido os únicos administradores executivos da empresa e absorvendo mais de metade das remunerações.

Convém lembrar que em março foi anunciada a renúncia de Rafael Mora aos respetivos cargos de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Pharol, designação assumida pela antiga PT SGPS na sequência da venda da PT Portugal à Altice, tendo sido substituído por João do Passo Vicente Ribeiro no primeiro cargo.

Em 27 de março, foi também comunicado que o Conselho de Administração deliberou atribuir as competências de administrador delegado ao presidente, Luís Palha da Silva, cuja nomeação para a administração da Pharol remonta a maio de 2015.

O relatório mostra ainda que os administradores não executivos receberam no geral, cada um, 35 mil euros, mas por exemplo Francisco Cary recebeu 22,5 mil euros, uma vez que renunciou às funções a 25 de julho de 2016, estando hoje na Caixa Geral de Depósitos, com funções executivas.

Já José Manuel Melo da Silva, cuja cooptação a 25 de julho deverá ser ratificada na próxima assembleia-geral de acionistas de maio, recebeu então 15,26 mil euros.

A Pharol convocou hoje duas assembleias-gerais de acionistas para 26 de maio, em Lisboa, uma relativa à eleição de novos membros para o triénio 2015-2017 e a outra sobre os resultados da empresa em 2016.

Uma delas é extraordinária e tem como objetivo deliberar sobre a eleição dos membros da mesa da Assembleia Geral e do vogal do Conselho Fiscal Suplente para completar o mandato relativo ao triénio 2015-2017, assim como a ratificação da cooptação de José Manuel Melo da Silva.

Depois de deliberarem sobre estas matérias relacionadas com o modelo de 'governance' da empresa, os acionistas prosseguem para uma segunda reunião magna anual, onde a ordem de trabalhos se prende com os resultados de 2016.

A Pharol comunicou também hoje que em 2016 reduziu os prejuízos para 75,1 milhões de euros, face aos 693,9 milhões de euros de perdas em 2015.

A Pharol justifica os prejuízos com uma perda de 48,7 milhões de euros, devido à redução do valor expectável de recuperação do instrumento de dívida Rio Forte, e uma perda líquida de 4,9 milhões de euros relativos à desvalorização da opção de compra sobre ações da Oi.

A estes fatores juntam-se ainda os custos operacionais consolidados de 7,0 milhões de euros e a perda líquida de 13,2 milhões de euros decorrente da imparidade registada sobre o investimento da Oi e da apropriação dos resultados da Oi incluindo os respetivos ajustamentos efetuados.

JMG// ATR

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