Lucro da Media Capital sobe 3% no 1.º trimestre para 1,9 milhões de euros

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 27 abr (Lusa) - O lucro da Media Capital subiu 3% no primeiro trimestre, face a igual período de 2016, para 1,9 milhões de euros, "essencialmente por força de uma melhoria dos resultados financeiros", divulgou hoje a dona da TVI.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Media Capital adianta que o total de rendimentos operacionais caiu 10%, para 35 milhões de euros.

As receitas de televisão diminuíram 12%, para 28,6 milhões de euros e as relativas à produção audiovisual desceram 39%, para 6,6 milhões de euros.

Por sua vez, os rendimentos da rádio subiram 2%, para 3,9 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 12%, para cinco milhões de euros, "não obstante o esforço de redução de custos (-10%)", refere a Media Capital.

As receitas de publicidade diminuíram 10%, para 35 milhões de euros, enquanto os outros rendimentos operacionais, "compostos essencialmente por rendimentos de produção audiovisual, serviços multimédia e rendimentos de cedência de sinal, decresceram 11% no trimestre, com quebras nestas três linhas de receitas", para 11,8 milhões de euros.

No segmento televisão - que tem o conjunto dos canais TVI -, os rendimentos recuaram 12%, para 28,6 milhões de euros.

A publicidade na televisão diminuiu 12%, para 18,8 milhões de euros, "afetada pela evolução adversa do mercado".

Os outros rendimentos da televisão, "que englobam entre outros, proveitos de cedência de sinal e serviços multimédia, recuaram 11% no trimestre, em virtude, sobretudo, dos menores rendimentos com serviços multimédia, direitos de sinal e vendas de conteúdos", para 9,8 milhões de euros.

Os gastos operacionais na televisão diminuíram 9% para 24,6 milhões de euros.

A evolução combinada entre rendimentos e gastos resultou no EBITDA de 3,9 milhões de euros, uma quebra de 24% face ao primeiro trimestre de 2016.

Na produção audiovisual, os rendimentos caíram 39%, para 6,6 milhões de euros, e o EBITDA foi negativo em 664 mil euros, o que compara com 303 mil euros um ano antes.

A queda dos rendimentos operacionais daquele segmento refletiu "sobretudo uma redução forte da atividade de produção televisiva (anormalmente elevada no período comparável de 2016), que não foi suficientemente compensada com uma maior atividade de gestão de meios e de construção de cenários", refere a Media Capital.

Na rádio, os rendimentos operacionais subiram 2%, para 3,9 milhões de euros, com a publicidade a subir 4%, para 3,8 milhões de euros. O EBITDA caiu 7% para 799 mil euros.

No segmento que inclui as restantes atividades do grupo, incluindo o digital, a 'holding' e os serviços partilhados, os rendimentos operacionais desceram 2%, para 3,9 milhões de euros, com a publicidade a deslizar 15%, para 639 mil euros.

"Não obstante o forte ambiente competitivo existente na área do digital, a MCD [Media Capital Digital] tem conseguido registar bons níveis de adesão aos seus conteúdos e serviços, o que se reflete positivamente nos indicadores de 'performance'", adiantou.

O EBITDA no trimestre foi positivo em 345 mil euros, o que compara com um resultado negativo de 539 mil euros um ano antes.

Durante os primeiros três meses do ano, o investimento (capex) foi de 417 mil euros, mais 57% que no ano anterior.

Sobre este tema, a Media Capital adianta que, "apesar de reduzido, este montante ficou acima do observado em 2016, relacionado com melhorias e expansões nos estúdios e equipamentos do segmento de produção audiovisual".

O endividamento líquido aumentou 2%, face a dezembro, para 99,8 milhões de euros.

ALU// ATR

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