Domingos destaca "projeto ambicioso" e diz que Belenenses pode "fazer mais e melhor"

| Desporto
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 abr (Lusa) - Domingos Paciência destacou hoje o "projeto ambicioso" do Belenenses que o levou a aceitar o convite para treinar a equipa de futebol e frisou que os 'azuis' têm capacidade para "fazer mais e melhor" na próxima época.

"Quero agradecer o convite que me foi feito pelo presidente [Rui Pedro Soares]. É um projeto ambicioso, que vem ao encontro do que pretendo. Tenho todo o orgulho em estar aqui, num clube com os pergaminhos do Belenenses", começou por dizer, na apresentação como novo técnico do Belenenses, com o qual rubricou contrato até final da próxima época.

Domingos, de 48 anos, que substitui Quim Machado no comando dos 'azuis', salientou que a possibilidade de começar já a preparar a próxima época e conhecer os jogadores também influenciou a decisão de assumir o cargo a um mês do final da presente temporada.

"Este período também me ajuda a tentar enquadrar e projetar a próxima época. O Belenenses tem possibilidades para fazer mais e melhor do que fez esta época, sem colocar em causa o que os meus colegas fizeram. O objetivo para a próxima época é atingir os 40 pontos. Depois, logo se redefine os objetivos", referiu o treinador, que começou a trabalhar na terça-feira.

O técnico, que não comanda um clube desde que abandonou os cipriotas do APOEL, em agosto de 2015, revelou que não aceitou alguns convites que teve ao longo deste período e confessou "alguma angústia" por não estar a fazer aquilo de que gosta, sendo que, desde que saiu do Sporting de Braga, em 2011, não voltou a completar uma temporada ao serviço de uma equipa.

"Era muito fácil ir trabalhar para a Índia, Arábia Saudita ou Egito. Quando um treinador abraça um projeto, corre riscos. Cometemos erros e nem sempre as coisas correm como desejamos. Não posso mexer no passado", disse o antigo treinador de União de Leiria, Académica, Sporting de Braga, Sporting, Deportivo da Corunha, Kayserispor, Vitória de Setúbal e APOEL.

Por seu lado, o presidente da SAD do Belenenses, Rui Pedro Soares, reiterou que Domingos Paciência "é uma forte aposta do Belenenses" e que "reúne todas as condições" para que a equipa "lute por metas ambiciosas".

"Esta época, o objetivo é apenas o de preparar a próxima. Estou muito contente por ter o Domingos como treinador. Já era nosso desejo tê-lo cá no passado e agora foi a primeira vez em que esteve disponível", afirmou.

Rui Pedro Soares recusou que haja qualquer tipo de insucesso pelo facto de este ser o terceiro treinador dos 'azuis' esta época, preferindo destacar o facto de os treinadores serem "valorizados" no Restelo, como foram os casos de Mitchell van der Gaag, Lito Vidigal, Ricardo Sá Pinto e Jorge Simão.

A cinco jornadas do final do campeonato, o Belenenses ocupa o 12.º lugar, com 32 pontos, mais 12 do que os últimos classificados, Nacional e Tondela.

Na próxima ronda, o clube do Restelo desloca-se à Madeira, para defrontar o Marítimo, atual sexto colocado.

MYO // NF

Lusa/Fim

+ notícias: Desporto

FC Porto e Sérgio Conceição prolongam contrato

O FC Porto e Sérgio Conceição acordaram prolongar o contrato que os liga desde 2017. Ao serviço dos Dragões e na condição de treinador, o antigo extremo já venceu três edições da Liga portuguesa, três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e três Supertaças.

FC Porto: Feriado de trabalho a pensar no clássico

O FC Porto voltou a trabalhar nesta quinta-feira no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, onde continua a preparar o jogo com o Sporting (domingo, 20h30, Sport TV), no Estádio do Dragão, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

O campeão da liberdade. 25 de abril de 74 também é um marco na história do FC Porto

No dia em que passa meio século sobre a revolução que conduziu Portugal à democracia depois de 48 anos de ditadura, o FC Porto pode orgulhar-se de ser o clube nacional com melhor palmarés. Além de ser, em termos absolutos, um dos dois com mais troféus oficiais de futebol - tem 84, tantos como o Benfica -, distingue-se por ter vencido sete competições internacionais - as sete conquistadas em democracia -, enquanto os restantes clubes portugueses juntos somam apenas três - as três alcançadas durante o Estado Novo. Se se olhar em paralelo para a história dos maiores clubes portugueses e para a evolução dos regimes políticos no país durante o século XX, a conclusão é óbvia e irrefutável: a ditadura foi o período dourado do sucesso desportivo dos clubes de Lisboa, enquanto os 50 anos que se seguiram ao 25 de abril são dominados pelo azul e branco.