Síria: Brent sobe para 56 dólares devido a ataque dos EUA

| Economia
Porto Canal com Lusa

Londres, 07 abr (Lusa) - O preço do petróleo Brent subiu hoje para mais de 56 dólares, devido à intervenção dos Estados Unidos contra a Síria em resposta à utilização de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad, segundo analistas.

Segundo os analistas citados pela Efe, o barril de referência na Europa disparou para níveis acima dos 56 dólares, o valor mais alto desde o princípio de março e mais 1,4% do que na quinta-feira, antes de baixar ligeiramente e cotar-se a 55,67 dólares.

A subida do preço do petróleo ocorreu depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dado a conhecer na quinta-feira uma intervenção unilateral de bombardeamentos na Síria.

O alvo dos mísseis norte-americanos foi a base militar aérea a partir da qual forças do Governo de Bashar al-Assad teriam lançado o recente ataque com armas químicas contra a cidade de Khan Cheikhoun.

Segundo explicam hoje alguns analistas, citados por meios britânicos, apesar da produção de petróleo da Síria ser limitada, a situação estratégica do país no Médio Oriente faz temer que um agravamento do conflito sírio possa afetar a distribuição de petróleo para a Europa e o Mediterrâneo.

Contudo, de acordo com os especialistas, a reação dos mercados ao ataque deveria ser passageira, se se confirmar que este foi uma represália pontual e que os Estados Unidos não vão lançar mais ataques de momento.

Os Estados Unidos lançaram na madrugada de hoje um ataque com 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque com armas químicas que na terça-feira matou pelo menos 86 pessoas em Khan Sheikhun, no noroeste do país.

O bombardeamento de terça-feira foi assumido pelas autoridades sírias que, no entanto, negaram categoricamente ter usado armas químicas.

Na versão do regime de Bashar al-Assad, o ataque atingiu um depósito de armas químicas da Frente Al-Nosra, contrabandeadas para a província de Idleb a partir da fronteira com o Iraque e a Turquia, e que foram escondidas em zonas residenciais da zona.

Em resposta ao ataque de hoje, a Rússia já anunciou o reforço das defesas antiaéreas da base e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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