CDS-PP quer fundos de garantia para pessoas com deficiência isentos de tributação

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 23 mar (Lusa) - O parlamento discute na sexta-feira o pacote legislativo do CDS-PP dedicado ao apoio às pessoas com deficiência, que inclui a proposta de isentar de impostos fundos de garantia constituídos pela família daquelas pessoas para assegurar a sua vida futura.

"Esse fundo de garantia é dotado pelas poupanças da própria família e a nossa proposta vai no sentido de as doações que resultem desse fundo de garantia não sejam tributadas", explicou o deputado Filipe Anacoreta Correia.

A medida traduz-se num "tratamento fiscal que permita o reconhecimento de uma situação especial e que, portanto, incentive as famílias a recorrer a este instrumento, sem que isso represente qualquer custo para o Estado, exceto a renúncia a uma receita fiscal, que se justifica plenamente atendendo à situação e às necessidades em causa".

Em conferência de imprensa no parlamento, os centristas apresentaram globalmente as iniciativas que já têm vindo a divulgar, que levam na sexta-feira a plenário, às quais se juntarão propostas de outros partidos.

Na área da educação, será apresentado um projeto de resolução, ou seja, uma recomendação ao Governo, para que, estando o próprio executivo a preparar legislação, possa constituir-se como um "contributo para essa reflexão", afirmou a deputada Ana Rita Bessa, que sublinhou a ideia de não transformar este tema numa "área de combate partidário".

O CDS defende que "se certifiquem os percursos pedagógicos dos alunos com necessidades educativas especiais, que hoje em dia não têm essa qualificação", explicou a deputada centrista.

O projeto de resolução defende ainda "que se assegure a efetiva participação dos pais na referenciação, na avaliação e na definição desses percursos", que as escolas encontrem "mais flexibilidade no âmbito da sua autonomia para encontrarem respostas adequadas e contextualizadas a cada aluno, que se envolva cada vez mais o serviço nacional de saúde em conjunto com as escolas, na identificação e na avaliação das necessidades de apoio terapêutico, sobretudo de forma precoce".

Entre as propostas do CDS, destacam-se também a criação de um documento único comprovativo da deficiência, que diminua a carga burocrática, nomeadamente na obtenção de apoios na educação, saúde e segurança social, assim como uma iniciativa para que a prestação social paga às pessoas com deficiência possa ser acumulada com um rendimento do trabalho.

O CDS-PP propõe também a criação de um regime excecional de indexação das prestações sociais dos deficientes das Forças Armadas, que seja "mais favorável, no cálculo e atualização" do que o fixado através do Indexante de Apoios Sociais (IAS).

Entre as iniciativas dos centristas encontram-se também o reforço da proteção legal a herdeiros interditos ou inabilitados, a majoração do período de licença parental, em caso de nascimento de criança com deficiência ou doença rara e um projeto de lei referente aos Centros de Atividades Ocupacionais (CAO).

ACL // ZO

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.