Rio retira convite a independente para liderar orçamento participativo em Braga

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Porto Canal / Agências

Braga, 25 nov (Lusa) - PS e CDU opuseram-se hoje à nomeação da líder do Cidadania em Movimento para conduzir o orçamento participativo na Câmara Municipal de Braga, o que levou o presidente da autarquia a retirar a proposta na reunião do executivo.

Os socialistas consideraram que o convite de Ricardo Rio a Inês Barbosa era "reflexo" de um "acordo" entre ambos, feito antes das eleições, enquanto o vereador da CDU, Carlos Almeida, apelidou o gesto como "um ato de demagogia".

Rio convidou Inês Barbosa para gerir o processo do orçamento participativo mas a líder da CEM, que não conseguiu os votos necessários para ser eleita para a autarquia, impôs como condição que o seu nome fosse aprovado pelo executivo camarário sem votos contra, o que não aconteceria se a votação tivesse sido realizada.

"Os vereadores da oposição mostraram uma visão ultrapartidária que revela desconforto pelo protagonismo atribuído à Inês Barbosa que pretendia agregar mais do que segmentar. Por isso foi minha opção retirar a proposta e comunicar que a mesma ficaria sem efeito", explicou Ricardo Rio.

O líder da oposição socialista, Vítor Sousa, explicou, na habitual conferência de imprensa após a reunião do executivo, que o PS votaria contra a indicação de Inês Barbosa por "não fazer sentido um elemento que não teve votos para isso ter competência para gerir uma verba camarária de meio milhão de euros".

Vítor Sousa, salientando que "não é a pessoa em si que está em causa", acrescentou ainda que a escolha de Rio "não respeita o sentido de voto das eleições" avançando ainda com outra leitura do convite.

"É o reflexo de alguma coisa. Podemos pressupor que existia um acordo anterior às eleições", acusou.

A esta conclusão do PS, Rio respondeu que não anda a "negociar nomes" e que apenas se entendo o raciocínio socialista "enquadrado num plano mental que foi apanágio dos últimos 37 anos".

Também a CDU criticou a escolha do autarca bracarense, que frisou ter "poder" para convidar "quem achasse por direito" para aquela função sem necessitar da concordância do restante executivo.

Segundo Carlos Almeida, o referido convite é um "ato de demagogia que apenas visa valorizar uma gestão que sob a capa do orçamento participativo procura a credibilização democrática que as suas orientações politicas e ideológicas desautorizam e negam", pelo que, anunciou, também votaria contra.

Afastado o nome de Inês Barbosa para conduzir o processo, que será apenas implementado em 2015, Rio prometeu entregar o mesmo a outro nome, também ele fora do "universo" do executivo.

"Definitivamente sem Inês Barbosa, será encontrada uma nova equipa. Vamos buscar alguém externo e o nome não será levado ao executivo, a menos que seja pedido", assegurou.

JYCR // MSP

Lusa/Fim

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