Meia centena de empresários da diversão itinerante protestam em Lisboa
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 16 mar (Lusa) -- Cerca de meia centena de empresários da diversão itinerante estão hoje de manhã concentrados junto à Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, num protesto para reivindicar medidas de apoio ao setor.
Os manifestantes chegaram à Rua Possidónio da Silva -- que está cortada no local da concentração -- cerca das 10:00, vindos do Terreiro do Paço, onde iniciaram os protestos, em frente ao Ministério das Finanças.
Ao chegar perto da Presidência do Conselho de Ministros, onde decorre uma reunião do executivo, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED) começou a discursar, com um megafone, sublinhando que as festas da Póvoa de Lanhoso estão sem carrosséis e que a Feira de Março, em Aveiro, corre o mesmo risco.
"Nós não queremos favores, nós somos cultura", afirmou o responsável.
Entre os cartazes exibidos podem ler-se inscrições como "Onde estão as medidas? Queremos respostas", "Continuamos à vossa espera há quatro anos" ou "Contra a inércia e falta ao compromisso dos políticos exigimos decreto-lei".
As iniciativas incluem manifestações, marchas lentas e desfiles entre hoje e 25 de março.
Os empresários da diversão itinerante (como carrosséis) têm realizado vários protestos nos últimos anos para pedir medidas de apoio à atividade, entre as quais voltar a ter alvarás de cultura que lhes permitam descer o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 23% para 13%.
O objetivo é a aplicação da resolução 80/2013, aprovada por todos os partidos políticos no parlamento e publicada em Diário da República, que "recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão".
A 21 de fevereiro, os empresários manifestaram-se em Lisboa para exigir voltar a ter alvarás de cultura.
No entanto, o Governo recusou a descida do IVA até ao próximo Orçamento do Estado, o que levou o presidente da APED a ameaçar com um boicote às feiras nacionais.
Entre as 15:00 e as 22:00, os empresários protestam junto à residência oficial do primeiro-ministro, de onde pretendem seguir para o Palácio de Belém.
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