Má qualidade das obras agravou destruição provocada por ciclone em Moçambique
Porto Canal com Lusa
Maputo, 20 fev (Lusa) - O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, apontou hoje a má qualidade das obras como uma das causas da destruição das infraestruturas públicas na província de Inhambane, sul de Moçambique, na passagem do ciclone tropical "Dineo".
"O grande problema é a qualidade das obras, os projetos de construção tem de ter em conta que, no nosso país, sempre haverá ciclones", afirmou Rosário, em declarações à comunicação social, após uma visita a empreendimentos destruídos pela intempérie na semana passada.
As entidades responsáveis, prosseguiu o governante, devem intensificar a fiscalização das obras, para verificar a sua conformidade com os requisitos de segurança e manutenção.
"O orçamento que é planificado para a construção não é aplicado, porque os empreiteiros querem ficar com o dinheiro", acrescentou Carlos Agostinho do Rosário.
Sete pessoas morreram e mais de 650 mil foram afetadas pelo ciclone tropical "Dineo", que destruiu igualmente mais de 100 infraestruturas públicas, incluindo edifícios do Governo, unidades sanitárias e escolas, um prejuízo avaliado em 12 milhões de euros.
Moçambique é ciclicamente atingido por ciclones e cheias, responsáveis por avultados danos materiais e mortes.
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